A
Recuperando os fatos históricos da campanha colorada naquela edição, a Itatiaia analisou os jogos, os destaques e o impacto dessa conquista.
O início da jornada do Inter na Libertadores 2006
O Internacional iniciou sua caminhada na Copa Libertadores de 2006 no Grupo 6, ao lado de Nacional, do Uruguai), Pumas UNAM, do México e Maracaibo, da Venezuela.
A estreia foi fora de casa contra o Maracaibo, com um empate em 1 a 1. No entanto, o time comandado por Abel Braga logo mostrou sua força no Beira-Rio.
A campanha na fase de grupos foi sólida, com o Inter garantindo a classificação e a liderança da chave:
- Maracaibo 1 x 1 Internacional - Estádio Pachencho, Maracaibo
- Internacional 3 x 0 Nacional - Estádio Beira-Rio, Porto Alegre
- Pumas UNAM 1 x 2 Internacional - Estádio Olímpico Universitário, Cidade do México
- Internacional 3 x 2 Pumas UNAM - Estádio Beira-Rio, Porto Alegre
- Nacional (URU) 0 x 0 Internacional - Estádio Gran Parque Central, Montevidéu
- Internacional 4 x 0 Maracaibo - Estádio Beira-Rio, Porto Alegre
Com 14 pontos (quatro vitórias e dois empates), o Inter avançou invicto para as oitavas de final, demonstrando um futebol eficiente e competitivo, com destaque para a força do seu ataque e a solidez defensiva em casa.
Mata-mata: superação e jogos históricos
A fase eliminatória, conhecida como mata-mata, testou a capacidade de superação e a força mental da equipe colorada. O caminho até a final foi marcado por confrontos difíceis e emocionantes.
- Oitavas de final vs. Nacional: Reeditando o confronto da fase de grupos, o Inter venceu o jogo de ida em Montevidéu por 2 a 1, com gols de Jorge Wagner e Rentería. Na volta, no Beira-Rio, um empate em 0 a 0 garantiu a classificação.
- Quartas de final vs. LDU: O primeiro jogo foi na altitude de Quito, e a LDU venceu por 2 a 1. Na partida de volta, em Porto Alegre, o Internacional precisava reverter a desvantagem. Com gols de Rafael Sóbis e Rentería, o time gaúcho venceu por 2 a 0 e avançou para a semifinal.
- Semifinal vs. Libertad (Paraguai): O primeiro confronto no Defensores del Chaco, em Assunção, e os times empataram em 0 a 0 . Na volta, no Beira-Rio, vitória colorada por 2 a 0, com gols de Alex e Fernandão, carimbando o passaporte para a grande final.
- Final vs. São Paulo: A decisão foi contra o então campeão mundial e da Libertadores, o São Paulo. No primeiro jogo, no Morumbi, o Internacional surpreendeu e venceu por 2 a 1, com dois gols de Rafael Sobis. A partida de volta, no Beira-Rio, foi eletrizante. Fernandão abriu o placar para o Inter, Fabão empatou para o São Paulo. Tinga marcou o segundo gol colorado, mas foi expulso de forma controversa logo depois. Lenílson ainda empatou para o São Paulo, mas o placar de 2 a 2 garantiu o título inédito para o Internacional, com um placar agregado de 4 a 3.
- Nacional 1 x 2 Inter (ida das oitavas) - Estádio Gran Parque Central, Montevidéu
- Inter 0 x 0 Nacional (volta das oitavas) - Estádio Beira-Rio, Porto Alegre
- LDU 2 x 1 Inter (ida das quartas) - Estádio La Casa Blanca, Quito
- Inter 2 x 0 LDU (volta das quartas) - Estádio Beira-Rio, Porto Alegre
- Libertad 0 x 0 Inter (ida da semi) - Estádio Defensores del Chaco, Assunção
- Inter 2 x 0 Libertad (volta da semi) - Estádio Beira-Rio, Porto Alegre
- São Paulo 1 x 2 Inter (ida da final) - Estádio Morumbi, São Paulo
- Inter 2 x 2 São Paulo (volta da final) Estádio Beira-Rio, Porto Alegre
O elenco campeão e o legado do título
A conquista da Copa Libertadores de 2006 foi fruto de um trabalho coletivo sólido, sob o comando técnico de Abel Braga. Diversos jogadores tiveram atuações destacadas ao longo da campanha, tornando-se ídolos da torcida colorada.
- Goleiro: Clemer foi fundamental com defesas importantes, especialmente nas fases decisivas.
- Defesa: A zaga contou com a segurança de Fabiano Eller, Bolívar e Índio, além dos laterais Ceará e Jorge Wagner.
- Meio-campo: Edinho, Tinga (autor do gol do título), Alex e Fabinho foram peças chave na marcação e na criação de jogadas.
- Ataque: Fernandão, o capitão e símbolo daquela equipe, foi decisivo com gols e liderança. Rafael Sobis brilhou na final com dois gols no Morumbi, e Iarley e Rentería também contribuíram significativamente.
O título da Libertadores de 2006 não apenas encerrou um longo jejum do Internacional em competições continentais, mas também credenciou o clube para a disputa do Mundial de Clubes da Fifa no final daquele ano, onde também se sagraria campeão ao vencer o Barcelona na final.
A conquista elevou o patamar do clube no cenário internacional e é celebrada até hoje como um dos maiores feitos de sua história.