Meio-campista do Cruzeiro, Matheus Henrique carregou um ‘vício’ em campo que foi solucionado por um analista de desempenho. Ainda quando atuava na Itália, o volante dava mais de um toque na bola ao receber um passe, o que em muitas vezes atrasava o jogo e permitia que o adversário diminuísse os espaços.
Sabendo dessa história, a Itatiaia entrevistou Diego Vieira, CEO e fundador da ‘Outlier’, empresa focada em análise de desempenho individual que mudou a forma de Matheus Henrique enxergar o jogo. O empresário relembrou a conversa com o meia e afirmou que ele precisou de dois a três minutos para “ligar a chavinha”.
“O Mateus Henrique, do Cruzeiro, tem um ‘case’ super legal. Ele começou sendo nosso cliente no Sassuolo, e a gente trabalhou uma temporada inteira com ele. E tinha um comportamento que era o primeiro toque na bola dele. Geralmente, ele sempre dava uma paradinha na bola”, contou Diego.
“Vários momentos fazem sentido parar, porque quer dizer que você vai atrair um jogador para você, e pode gerar mais espaço depois. Mas, em vários momentos faz sentido o primeiro toque na bola já direcionar, porque você tem aquele espaço para ganhar. Você mostra para eles, e em questão de dois, três minutos, os caras ligam essa chavinha porque eles são muito inteligentes”, completou.
O que é a ‘Outlier’?
Fundada em 2020, a ‘Outlier’ é uma empresa mineira que tem como objetivo potencializar atletas, clubes e treinadores com análises estratégicas e soluções personalizadas. A companhia conta com 28 analistas, que realizam encontros remotos com os clientes para análises por meio de relatórios e vídeos.
“Percebi que, quando eu jogava, era tudo muito intuitivo e que existia um caminho legal para desenvolver um projeto em que, através de informação e dados e análises, a gente pudesse ajudar no desenvolvimento de atletas de futebol. De lá para cá, a ‘Outlier’ já atendeu mais de 250 atletas”, contou Diego.
Entre os clientes, a ‘Outlier’ conta com diversos astros do mundo da bola, como os zagueiros Fabrício Bruno e Léo Ortiz; os meias Bruno Guimarães, Andreas Pereira e Joelinton; e os atacantes Kaio Jorge e Endrick. Pensando também em jogadores de base, foi criada a ‘E-Scout’, uma empresa focada em acompanhar e desenvolver jovens atletas.