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Atlético tenta impedir uso da marca ‘Galo’ por clube campeão invicto no Paraná

Galo Maringá quis registrar duas versões diferentes do escudo

Camisa do Galo Maringá, time que Atlético tenta impedir uso da marca “Galo”

O Atlético tenta impedir a utilização da marca “Galo” utilizada no escudo do Galo Maringá, clube que conquistou a Segunda Divisão do Campeonato Paranaense neste ano, no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

O clube mineiro entende que há uma violação marcária, pois o Galo Maringá utilizou da marca “Galo”, que pertence ao Atlético no segmento esportivo.

Esse é o segundo pedido de nulidade feito ao Galo Maringá. Anteriormente, o clube paranaense pediu o registro de um escudo anterior, que inclusive remete ao antigo da Juventus, utilizando as cores preta e branca, além do nome “Galo”.

O Atlético apresentou o pedido de nulidade ao INPI, e conseguiu êxito na ocasião. O clube mineiro espera ter sucesso novamente na nova solicitação de oposição pelas mesmas razões da primeira.

Escudos do Galo Maringá

O maior número de processos de registro de marca no INPI pertence ao Atlético, com 879 no total. Veja o ranking:

  • Atlético: 879
  • Corinthians: 417
  • Palmeiras: 319
  • Flamengo: 283
  • Inter: 63
  • Vasco: 46
  • Bahia: 17

Exemplos de marcas registradas pelo Atlético:

  • Atlético
  • Galo
  • Eu Acredito
  • Galo Doido (nominativo e figurativo)
  • Território do Galo
  • Massa

O uso das marcas registradas do Atlético por terceiros ocorre por meio de contratos de licenciamento firmados entre os interessados e o clube. Esse processo é de responsabilidade da Diretoria de Negócios, liderada pelo superintendente João Gomide.

Nesse contexto, Pedro Torquato destacou que também é considerado uso indevido quando as marcas do Atlético são incorporadas a outras identidades visuais. Ele citou como exemplo a presença de elementos do Clube Atlético Mineiro em logotipos de canais no YouTube ou em uniformes de torcidas organizadas. No entanto, enfatizou que a fiscalização leva em conta certos níveis de tolerância quanto a esses usos.

“O trabalho jornalístico tem um papel fundamental e merece todas as garantias legais. O problema surge quando um portal ou canal no YouTube utiliza uma marca registrada do Atlético como parte de sua própria identidade visual. Criar um canal para divulgar informações sobre o Atlético não é um problema — pelo contrário, isso faz parte do jornalismo e deve ser respeitado. O que se torna preocupante é quando a marca do Clube passa a compor a identidade do canal em si”, explicou.

Quanto à utilização de marcas do Atlético por torcidas organizadas, há uma complacência, com o entendimento de que existe um trabalho feito por elas em prol do clube. Já em relação à comercialização de produtos falsificados e não licenciados, a tolerância é zero.

A venda de objetos com marcas pertencentes ao clube por ambulantes é vista pelo departamento jurídico do Galo como um problema maior, que envolve, inclusive, o serviço de segurança pública.

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Galo Maringá

Fundado em dezembro de 2018, já como clube clube-empresa, o clube carregava o nome Aruko Sports Brasil e era administrado pelo Aruko Group Japan, projeto idealizado pelo ex-jogador Alex Santos.

O clube fez sua estreia no futebol profissional na Terceira Divisão do Campeonato Paranaense, em outubro de 2021. O time chegou à final da competição na ocasião e conquistou vaga na Segunda Divisão de 2022, além de conquistar o título.

Em 2022, o time conquistou foi vice-campeão e garantiu vaga na Primeira Divisão de 2023. Chegou às quartas de final na estreia da equipe na elite do futebol paranaense.

Em setembro de 2023, após a saída do projeto da empresa Aruko Group Japan, o clube passou a utilizar o nome Galo Maringá.

Após o rebaixamento em 2024 no paranaense, em 2025 o Galo não apenas conquistou vaga de volta à Primeira Divisão como se sagrou campeão invicto da Segunda Divisão.

O Galo Maringá desistiu de participar da Taça FPF e os jogadores só se reapresentam no dia 1º de dezembro para iniciar a preparação para o Campeonato Paranaense do ano que vem.

Rômulo Giacomin é repórter multimídia da Itatiaia. Formado pela UFOP, tem experiência como repórter de cidades da Região dos Inconfidentes, e, na cobertura esportiva, passou por Esporte News Mundo, Estado de Minas, Premier League Brasil e Trivela.