Em meio ao imbróglio judicial entre John Textor e Eagle Holding Football, o
“O clube está com o fluxo de caixa garantido para 2025 e 2026, pendente apenas os valores disponíveis para investimento e planejamento da temporada de 2026, mas não há problema de fluxo de caixa para pagamento de funcionário, de jogador, para a parte associativa, para pagamentos dos acordos assumidos com a receita”, disse à Itatiaia.
Após a histórica temporada de 2024, com os títulos da Libertadores e do Brasileirão, o Botafogo vive um ano de instabilidade - tanto dentro quanto fora de campo.
Os resultados dentro das quatro linhas estão abaixo das expectativas, mas a saúde financeira da SAF, impactada pela crise no Lyon, da França, causa preocupação.
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Textor afirmou que foi “o Botafogo que financiou o Lyon, não o contrário”. O clube francês foi rebaixado, mas a decisão foi revertida após o afastamento do empresário.
Se não há riscos financeiros para a SAF alvinegra em 2025, o cenário para 2026 ainda é de incerteza. O planejamento dependerá dos resultados dentro e fora de campo.
“Agora, “o time será competitivo em 2026?”. Aí, necessitamos do investimento de mais ou menos R$ 350 milhões. Isso dito pelo Thairo (Arruda), mas isso já não é questão de fluxo de caixa. Isso é planejamento. É outra conversa”, seguiu João Paulo Menna Barreto.
“A questão emergencial, em tese, está superada. Temos uma disputa societária. Um desentendimento entre John Textor e a Eagle, que precisa ser resolvido entre eles. São nossos sócios, e o que o associativo pode fazer é ajudar, tentar intermediar, colaborar e dar meios com segurança para que cheguem a esse acordo”, concluiu o dirigente.
John Textor é proprietário da SAF do Botafogo desde 2022
Confira, abaixo, as respostas de João Paulo Menna Barreto à Itatiaia:
Balanço da reunião e esclarecimentos de Thairo Arruda
“O Thairo (Arruda) não foi convocado pois não há essa prerrogativa. Ele foi convidado para poder prestar alguns esclarecimentos e compareceu de forma voluntária. A compreensão do Conselho, no geral, é de que foi muito satisfatório. Primeiro, porque não deixou de responder pergunta nenhuma. Segundo, porque não as respondeu de forma vaga. Aprofundou, trouxe as informações que eram importantes para a gente.
Essas perguntas foram elaboradas previamente pelos próprios conselheiros, enviadas à mesa do Conselho para que a gente pudesse apresentar na hora.
Então, dúvidas como “temos caixa para fechar 2025?” Temos. “Temos caixa para 2026?” Temos. Fechamos o novo patrocínio. Agora, “o time será competitivo em 2026?”. Aí, necessitamos do investimento de mais ou menos R$ 350 milhões. Isso dito pelo Thairo, mas isso já não é questão de fluxo de caixa. Isso é planejamento. É outra conversa.
A questão emergencial, em tese, está superada. Temos uma disputa societária. Um desentendimento entre John Textor e a Eagle, que precisa ser resolvido entre eles. São nossos sócios, e o que o associativo pode fazer é ajudar, tentar intermediar, colaborar e dar meios com segurança para que cheguem a esse acordo.”
Papel do Conselho Deliberativo na disputa entre Eagle e John Textor
“O papel do clube Social, nesse momento, é tocado pelo João Paulo Magalhães Lins, que é o presidente do clube. Ele tem mantido o contato permanente com a Ares e com o John (Textor) para poder buscar o entendimento entre eles e ajudar no que for possível. A nossa opção principal, ou única opção, é a paz. É o acordo para que o Botafogo possa retomar sua normalidade.”
Papel fiscalizatório da Conselho Deliberativo durante a gestão da SAF
“A atual mesa diretora assumiu agora em 2025. As informações nos são passadas em formato de relatórios, que, assim, nem todos ainda estão prontos porque não fechou o ano. A gente ainda não recebeu esses relatórios, mas o Thairo esmiuçou muito isso, né? Trouxe informações pra gente que são informações importantes. Como, por exemplo, a vinda do Luís Henrique do Almada. Será que eles viriam se não tivessem a certeza, a promessa, de irem pro Lyon? A SAF jogou com o que ela tinha. Imagina-se que hoje o Botafogo SAF tenha um crédito de mais de R$ 200 milhões com a Eagle, entre idas e vindas de jogadores, a receber.”
Há um problema financeiro na SAF do Botafogo?
“Segundo o Thairo, o clube está com o fluxo de caixa garantido para 2025 e 2026, pendente apenas os valores disponíveis para investimento e planejamento da temporada de 2026, mas não há problema de fluxo de caixa para pagamento de funcionário, para pagamento de jogador, para a parte associativa, para pagamentos dos acordos assumidos com a receita. Para isso, o fluxo está garantido.”
A disputa pela operação do Botafogo
A SAF do Botafogo vive um imbróglio judicial pela disputa do controle do clube. A “briga” teve início com a crise financeira do Lyon e o
Na Justiça, John Textor e os investidores da Eagle Holding Football, como Ares, disputam o controle da operação.
Apesar de
A versão da SAF
Jonas Marmello, vice-presidente executivo da SAF do Botafogo, garantiu que o planejamento financeiro para 2025 será cumprido. Não há risco de problemas de fluxo de caixas para pagamento dos vencimentos de atletas e funcionários, garantiu à Itatiaia.
“O planejamento pro final do ano está assegurado. Nós vamos cumprir, vamos chegar ao final do ano com tranquilidade. Estamos dando essa tranquilidade para nossos funcionários trabalharem, para nossos atletas trabalharem e com calma, chegaremos ao final do ano e entenderemos os objetivos para 2026", afirmou - veja, na íntegra,