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Dirigente do Botafogo defende fair play financeiro e vê avanço do debate no Brasil

Jonas Marmello elogiou iniciativa da CBF e diz que medida pode acelerar o saneamento das dívidas dos clubes brasileiros

Jonas Marmello, vice-presidente da SAF do Botafogo

O fair play financeiro voltou ao centro das discussões sobre o futuro do futebol nacional durante a terceira edição do Fórum SAF, realizada nesta quinta-feira (16), em Belo Horizonte. Em entrevista exclusiva à Itatiaia, o vice-presidente executivo da SAF do Botafogo, Jonas Marmello, defendeu a implantação do mecanismo no Brasil e destacou o papel da CBF na condução do debate com clubes e demais agentes do setor.

“O fair play financeiro é uma ferramenta necessária para o futebol mundial. O futebol brasileiro chegou um pouco atrasado a essa discussão, mas felizmente chegou”, afirmou Marmello.

Segundo o dirigente, a Confederação Brasileira de Futebol tem dado passos importantes ao reunir grupos de trabalho e promover um diálogo constante com os stakeholders da indústria do futebol — especialmente os clubes, que serão diretamente impactados pela futura regulamentação.

“A CBF está fazendo um trabalho muito bom, conversando com clubes, funcionários, atletas e torcedores, que são os consumidores do produto. Acredito que, dentro dos próximos cinco anos, o Brasil vai desenvolver um projeto de fair play financeiro adequado à nossa realidade”, avaliou.

Ferramente para recuperação econômica

Marmello lembrou que o país conta com muitos clubes tradicionais e centenários, que atravessaram períodos de forte crise financeira nas últimas décadas. Para ele, o fair play financeiro pode ser uma ferramenta fundamental para acelerar o processo de recuperação econômica das instituições esportivas.

“Alguns clubes já estão se reerguendo e outros ainda vão entrar nesse processo. O fair play pode ajudar a acelerar esse saneamento das dívidas”, disse.

O dirigente também defendeu a cooperação entre os clubes como elemento essencial para o fortalecimento do futebol brasileiro, ressaltando que a sustentabilidade do esporte depende de gestão responsável e equilíbrio coletivo.

“Os clubes que já alcançaram um nível de maturidade financeira devem contribuir, ensinar com bons exemplos e participar da elaboração das regras. Não é possível fazer futebol sozinho — todos são sócios desse grande produto que é o futebol brasileiro”, concluiu Marmello.

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Jornalista formado pelo Centro Universitário de Belo Horizonte - UniBH. Já atuou em diversas áreas do jornalismo, como assessoria de imprensa, redação e comunicação interna. Apaixonado por esportes em geral e grande entusiasta dos e-sports