Filipe Luís ainda não completou seis meses como técnico do Flamengo, mas já está construindo uma trajetória de sucesso no comando do Rubro-Negro. Com a conquista da Supercopa do Brasil, neste domingo (2), o treinador alcançou uma marca expressiva. São mais títulos do que derrotas sofridas.
Após pendurar as chuteiras em dezembro de 2023 e iniciar a carreira de técnico na base do Flamengo, Filipe Luís assumiu o time principal em outubro, substituindo Tite. De lá para cá, foram 19 partidas: 12 vitórias, seis empates e uma derrota - para o Fluminense, no Brasileirão. Além da Supercopa, o Rubro-Negro também conquistou a Copa do Brasil neste período.
A marca alcançada por Filipe Luís faz a comparação com o trabalho de Jorge Jesus ser inevitável neste sentido. O treinador português deixou o clube em junho de 2020 após ser campeão de cinco torneios (Brasileiro, Libertadores, Recopa Sul-Americana, Supercopa do Brasil e Carioca) e com apenas quatro derrotas em 57 jogos.
Para manter o excelente retrospecto - o Flamengo tem 70,2% de aproveitamento dos pontos sob comando de Filipe Luís -, o Rubro-Negro já volta a campo nesta quarta (5), contra a Portuguesa, pelo Campeonato Carioca. O time também disputará o Brasileirão, a Copa do Brasil, a Libertadores e o Super Mundial de Clubes em 2025.
Projeção da carreira e o sonho de Filipe Luís
Antes mesmo da aposentadoria, Filipe Luís já preparava-se para tornar-se treinador e tem objetivos claros para a carreira. O sonho é conquistar a Liga dos Campeões - torneio que foi vice-campeão duas vezes como jogador do Atlético de Madrid, da Espanha, mas o comandante garantiu que estar “muito confortável” para trabalhar no Flamengo por “muito tempo”.
“Sei onde quero chegar, é o grande sonho da minha vida. Tenho uma ambição gigantesca para isso. Não tem nenhum lugar onde eu possa estar mais confortável trabalhando do que no clube que amo. Esse mesmo torcedor que está falando bem, amanhã quando eu errar vai pedir para eu sair. Essa profissão é muito difícil, é muito exigente, conquistar semana a semana o coração do torcedor. Por isso eu tentei criar um modelo de jogo em que o torcedor se sinta identificado, mesmo nos momentos que não sejam tão bons”,
“Eu não tenho nenhum interesse em sair, quero ficar muito tempo no Flamengo. Já falei para o presidente quando a gente se conheceu e conversamos. Sou um cara que tenho um objetivo profissional e mais nada. Eles me deram todas as ferramentas para eu trabalhar e me desenvolver. Me dão esse time incrível que eu tenho na mão, não posso pedir mais nada. Para esse torcedor, pode ter certeza de que, antes de eu querer sair, o torcedor vai querer que eu saia”, completou o treinador.