O atacante Estêvão, do Palmeiras, abriu o jogo sobre a relação com o
“O Palmeiras sempre terá um lugar especial no meu coração. Quando olho pra trás, também sou grato ao Cruzeiro por ter desempenhado um papel tão importante no meu desenvolvimento. Fico até feliz por ter sido amassado pelos grandões de Franca, porque eles me fortaleceram. Tudo acontece por um motivo, certo?”, disse o jovem.
Estêvão chegou para fazer testes no Cruzeiro com menos de 10 anos. O atacante foi aceito e atuou tanto pelo futsal da Raposa quanto no futebol de campo. Com o tempo, ele cresceu sob expectativa de se tornar profissional e ganhou a alcunha de ‘Messinho’, que faz referência ao argentino Lionel Messi, eleito melhor do mundo oito vezes.
Aos dez anos, Estêvão quebrou paradigmas e se tornou o atleta mais jovem a assinar um contrato de patrocínio com a Nike. Porém, enquanto ganhava os holofotes na base celeste, o atacante se envolveu indiretamente em um escândalo - que viria manchar a história do clube.
Escândalo no Cruzeiro
Em 2019, a TV Globo noticiou que o Cruzeiro cedeu a empresários percentuais dos direitos econômicos de Estêvão, mesmo sem existir um contrato profissional, uma vez que ele tinha 12 anos. Na época, houveram denúncias de negociações suspeitas feitas pelo então vice-presidente, Itair Machado, e pelo presidente Wagner Pires de Sá.
O pai de Estêvão, Ivo Gonçalves, também estaria envolvido em uma das negociações, recebendo um percentual dos direitos do então postulante a jogador. A prática, porém, fere as políticas da Fifa e do ‘Estatuto da Criança e do Adolescente’. As práticas começaram a ser estudadas pelo Ministério Público de Minas Gerais.
Rumo ao Palmeiras
Em 24 abril de 2021, Estêvão completou 14 anos e pôde assinar o primeiro contrato com vínculo não profissional. Foi quando a família e seus representantes decidiram levá-lo para o Palmeiras, colocando fim na passagem pela Toca da Raposa, iniciada em 2017.