Gabriel Lima, CEO do Cruzeiro, explicou os motivos do clube para trocar de bloco comercial na discussão sobre a venda dos direitos de TV do Campeonato Brasileiro. Na visão do executivo celeste, os investidores alinhados a Liga Forte Futebol (LFF) apresentaram uma proposta mais adequada ao pensamento do Cruzeiro.
“Criaram blocos. Nos alinhamos com
O Cruzeiro, no início do processo, participou das discussões junto da Liga de Futebol do Brasil (Libra). No entanto, em julho deste ano, oficializou o acordo com a Forte Futebol.
Há um entendimento dos dois blocos comerciais que a negociação em conjunto é mais benéfica. No entanto, o cenário é complicado.
Gabriel Lima reforçou a importância do entendimento em conjunto. No entanto, detalhou a dificuldade dos clubes para chegar num consenso.
“O modelo mais adequado seria os 20 clubes de cada divisão se entenderem e venderam juntos os direitos, mas é impossível isso acontecer agora por divergências históricas. Tem sido desafiador sentar na mesa com todo mundo e caminha na mesma direção”, finalizou.
CNN Esportes S/A
A edição que recebeu Gabriel Lima foi a 17ª do CNN Esportes S/A. O programa, apresentado pelo jornalista João Vítor Xavier, vai ao ar todos os domingos, às 21h15, e fala sobre um mercado que movimenta bilhões e é um dos mais lucrativos do mundo: o futebol.
Em pauta, estão os assuntos mais quentes da indústria do mundo da bola e todas as modalidades esportivas, na perspectiva de economia e negócios.
Os filiados
LFF: Athletico-PR, América, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Chapecoense, Ceará, Criciúma, CRB, CSA, Cuiabá, Figueirense, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário, Sport, Tombense e Vila Nova.
Libra: ABC, Atlético, Bahia, Corinthians, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo e Vitória.
Bloco União: Botafogo, Cruzeiro, Coritiba e Vasco se uniram à LFF para comercialização de direitos comerciais. Oficialmente, os clubes não são filiados, mas os acordos comerciais respeitam os mesmos termos dos filiados.
Quem é quem? E os percentuais?
A Liga Forte Futebol apresentou proposta para dividir as cotas da seguinte maneira: 45% de forma igualitária, 30% por performance e 25% por audiência. O grupo tem como investidores o fundo Serengeti e a gestora Life Capital Partners (LCP), ambos captados pela XP Investimentos.
A LFF captou R$ 2,3 bilhões por 20% das receitas de uma futura liga pelos próximos 50 anos. XP Investimentos, LiveMode e Alvarez Marsal prestaram consultoria e receberão cerca de 2,5% de comissão nas negociações em caso de criação da liga.
A Libra propõe divisão diferente: 40% de forma igualitária, 30% por performance e 30% por audiência. O grupo de investimentos captado foi o Mubdala, dos Emirados Árabes Unidos.
O fundo oferece R$ 1,3 bilhão por 12,5% dos direitos para os clubes. O BTG Pactual e a Codajas Sports Kapital são os intermediadores. A comissão para os parceiros são de 5% em caso de criação da liga.