O processo de impeachment do presidente Augusto Melo no Corinthians ganhou um novo capítulo nessa quinta-feira. Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo, marcou a votação de destituição do mandatário alvinegro para o próximo dia 28 de novembro.
Na visão de Vinícius Cascone, diretor jurídico do Corinthians, o caminhar do processo tem ligação direta com o trabalho do consultor Fred Luz no clube. Em entrevista ao canal do jornalista Pedro Ramiro, Cascone afirmou que presenciou discursos de Tuma afirmando que o impeachment ganharia força e caso de manutenção de Fred Luz no clube.
“Em vários momentos, o presidente do Conselho disse que se continuasse com o contrato de profissionalização, do consultor, poderia ter o impeachment. Teve um conselheiro muito ligado a ele, o Fran (Papaiordanou), que disse publicamente na reunião do Conselho que se não afastasse a consultoria até dia 23, teria o impeachment. Diversas vezes eu acompanhei, sou testemunha e vi um movimento nesse sentido, um incomodo generalizado com a profissionalização do clube”, disse Cascone.
Em julho, em entrevista à Gazeta Esportiva, Tuma já havia se posicionado de forma contrária à contratação de Fred Luz pelo Corinthians. Antes anunciado como CEO (diretor executivo), posteriormente foi movido à condição de consultor para evitar conflitos com o estatuto do clube.
“Vou colocar minha opinião pessoal, se eu fosse gestor. Acho que o Corinthians não precisaria disso. O estatuto não tem previsão dessa figura. Clube de futebol, que não é SAF, é difícil ter um CEO que não seja lá de dentro da administração. Então o Corinthians informalmente sempre teve um CEO. Quando era o Matheus era ele mesmo, quando era o Andres era ele mesmo, no Duilio era o Adriano que fazia toda a administração. O presidente pode encontrar dentro da gestão um coordenador geral, é natural isso. Pode criar um núcleo”, disse Romeu Tuma Jr. ao programa Mesa Redonda, da TV Gazeta.