O atacante Allano, do
“Infelizmente, mais uma vez, o racismo mostrou sua face cruel dentro de um espaço que deveria ser de celebração, respeito e igualdade. Ser ofendido pela cor da minha pele é algo doloroso, revoltante e, acima de tudo, inaceitável”, disse o jogador em trecho do comunicado.
Aos 30 minutos do primeiro tempo do duelo, Allano foi até o árbitro Alisson Sidnei Furtado-TO e acusou o meia boliviano Miguelito, do América, de ter cometido injúria racial.
O duelo foi retomado sem punição com relação ao caso, mas a situação foi relatada em súmula. Depois do duelo, entretanto, os envolvidos compareceram à delegacia, onde foi dada
“Não vou me calar. Não por mim apenas, mas por todos os que já passaram por isso e por aqueles que ainda lutam para que esse tipo de violência acabe de vez. O futebol, como a sociedade, precisa dizer basta ao racismo. Precisamos de justiça, responsabilidade e, sobretudo, empatia”, completou Allano.
O atleta do Coelho passou a noite na delegacia, e nesta segunda (5), foi levado para o Fórum de Ponta Grossa, onde passou por audiência de custódia, já que o crime não permite pagamento de fiança. Em seguida,
A Polícia Civil segue investigando o caso e está em contato com os canais de transmissão da partida para tentar obter imagens adicionais, possivelmente captadas por outros ângulos, que possam contribuir com o inquérito. Isso porque, na súmula, o árbitro registrou que nenhum membro da equipe de arbitragem viu ou ouviu o ocorrido denunciado por Allano.
Leia o pronunciamento de Allano na íntegra
“Venho, por meio desta nota, me manifestar sobre o episódio lamentável de injúria racial que sofri durante a partida entre Operário e América Mineiro, pelo Campeonato Brasileiro da Série B.
Infelizmente, mais uma vez, o racismo mostrou sua face cruel dentro de um espaço que deveria ser de celebração, respeito e igualdade. Ser ofendido pela cor da minha pele é algo doloroso, revoltante e, acima de tudo, inaceitável.
Não vou me calar. Não por mim apenas, mas por todos os que já passaram por isso e por aqueles que ainda lutam para que esse tipo de violência acabe de vez. O futebol, como a sociedade, precisa dizer basta ao racismo. Precisamos de justiça, responsabilidade e, sobretudo, empatia.
Agradeço ao Operário pelo apoio, aos meus companheiros de equipe, à minha família e a todos que têm se solidarizado comigo neste momento. A luta contra o racismo é de todos nós, e ela não vai parar enquanto houver injustiça”.