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Textor defende modelo da Eagle e critica órgão de controle na França: 'É uma piada’

O empresário norte-americano deu declarações fortes sobre o que considerou um “aviso” do DNCG sobre as finanças do Lyon, clube francês que faz parte da Eagle Holding Football

John Textor afirma que não “há riscos” para o Botafogo por conta da situação financeira do Lyon

O empresário John Textor, proprietário de Botafogo e Lyon, saiu em defesa do modelo de negócios da Eagle Holding Football uma semana após o clube francês sofrer sanções da Direção Nacional de Controle e Gestão (DNCG). O norte-americano disparou contra a instituição, classificou a decisão como uma “piada” e garantiu que não há risco de rebaixamento.

“Não há risco nem para os torcedores do Lyon. Estamos em um ambiente muito político na França. Estamos mudando a forma como o caixa do clube funciona, temos um modelo de negócio muito colaborativo. Não é considerado normal na França. Eles têm um processo incomum, com 18 consultores que decidem se acreditam ou não se vamos ter sucesso no nosso negócio. Nos Estados Unidos, somos corajosos. Na França, nunca viram nada assim. Pegam o nosso fluxo de caixas, ativos e transferência de jogadores, mas olham da maneira que olham há muitos anos e dizem: ‘Não vão ter sucesso com as finanças”. Isso é uma piada. Não vamos ser rebaixados na França. Estamos brigando pela Liga dos Campeões”, afirmou John Textor.

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As declarações de John Textor aconteceram neste sábado (23), no Nilton Santos, após o empate em 1 a 1 entre Botafogo e Vitória, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro.

A SAF do Glorioso foi adquirida pela Eagle Holding em 2022 e, nestes três anos de gestão, vem alcançando sucesso esportivo e financeiro, o que foi destacado pelo empresário.

Questionado se havia riscos ao Botafogo diante da situação financeira do Lyon, outro clube da rede, Textor foi taxativo e confirmou que dará sequência ao modelo de negócios colaborativo.

“Não há risco para o Botafogo. O Botafogo está na liderança da tabela porque colaboramos, porque trouxemos jogadores que acreditam no projeto da Eagle. Não vamos parar nosso modelo de negócios, não vamos desistir do projeto da Eagle. Foi um aviso. Se não acertarmos nossa situação financeira até o fim do ano, teremos um problema. Isso é verdade para todos os clubes franceses. Não tem nada a ver com o Botafogo, a não ser pelo fato que somos um família. Nós colaboramos. Isso beneficia esse clube e outros clubes. Vamos continuar fazendo isso exatamente assim”, explicou.

Eagle recebe investimento para aliviar crise financeira

A Eagle Holding Football, de John Textor, informou uma importante medida financeira na quinta-feira (21). Antes de entrar na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) por meio de uma oferta pública inicial (IPO), o grupo anunciou o investimento de 40 milhões de dólares em parceria com a UCEA Capital Partners.

De acordo com o comunicado da Eagle, esta rodada de financiamento “dará suporte às iniciativas estratégicas da empresa, fortalecerá o balanço e ajudará a impulsionar o crescimento em preparação para a IPO da Eagle Football planejada” para o primeiro trimestre de 2025, na qual a projeção é de alcançar 100 milhões de dólares, cerca de R$ 582 milhões.

O anúncio acontece dias depois do Lyon sofrer transfer ban por decisão da Direção Nacional de Controle e Gestão (DNCG) da Liga de Futebol Profissional da França (LFP). Caso o clube francês não apresente melhora no quadro financeiro, será rebaixado à segunda divisão nacional.

John Textor, que esteve reunido com executivos da DNCG antes do anúncio das sanções, discordou da decisão e afirmou que a situação seria resolvida. Thairo Arruda, CEO do Botafogo, também manifestou-se.


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Jornalista e correspondente da Itatiaia no Rio de Janeiro. Apaixonado por esportes, pela arquibancada e contra torcida única.

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