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Botafogo aciona a Justiça contra Eagle e pede ressarcimento de R$ 155 milhões

Clube solicitou intervenção judicial na SAF e quer bloqueio de vendas e dividendos até regularização do passivo

John Textor é acionista majoritário da Eagle Football Holdings e dono da SAF do Botafogo

A disputa entre o Botafogo social e a Eagle Football Holdings, controladora de 90% da SAF alvinegra, ganhou um novo capítulo nessa segunda-feira (24). O clube ingressou com uma ação na 23ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) pedindo que a empresa apresente R$ 155,4 milhões em garantias — valor equivalente a 10% do passivo que a própria Eagle declarou existir.

No processo, o Botafogo também solicita a nomeação de um interventor judicial para atuar diretamente na administração da SAF e a suspensão imediata de qualquer operação de venda de jogadores ou outros ativos da empresa.

O clube ainda pede que a Justiça proíba a distribuição de dividendos à Eagle até que seja apresentado um plano formal para regularizar a dívida acumulada.

Botafogo aponta gestão “temerária”

A ação destaca que Eagle e John Textor, acionista e representante da empresa no Brasil, vêm trocando acusações sobre a origem do rombo financeiro. O clube afirma que ambos atribuem responsabilidade um ao outro, mencionando desde suposta má gestão até possíveis desvios de recursos e obrigações não cumpridas.

O documento ressalta, no entanto, que não há qualquer indicação de que o clube associativo, detentor dos outros 10% da SAF, tenha contribuído para o prejuízo.

Representantes do Botafogo argumentam que o conflito entre os sócios majoritários pode levar tanto a Eagle quanto Textor a um cenário de insolvência ou falta de liquidez, o que justificaria a necessidade de garantias financeiras determinadas pela Justiça.

Pedido inclui bloqueio de ativos da SAF

Além do ressarcimento mínimo de R$ 155 milhões, o Botafogo quer impedir qualquer negociação de atletas enquanto o passivo não for esclarecido. A intenção é assegurar que nenhum patrimônio da SAF seja comprometido até que haja transparência sobre a real situação financeira.

A ação também argumenta que o conflito entre Eagle e Textor ameaça diretamente a estabilidade da SAF, justificando a intervenção judicial como medida de proteção ao clube associativo e ao futebol profissional mantido pela empresa. O processo agora aguarda análise da 23ª Câmara do TJRJ.

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Jornalista formado pelo Centro Universitário de Belo Horizonte - UniBH. Já atuou em diversas áreas do jornalismo, como assessoria de imprensa, redação e comunicação interna. Apaixonado por esportes em geral e grande entusiasta dos e-sports

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