O Atlético ficou sem o sonhado bicampeonato da Copa Libertadores neste sábado (30), no Mâs Monumental, em Buenos Aires.
Antes de fazer uma análise sobre o que ocorreu e os reflexos dessa derrota, é importante destacar que não é vergonha perder uma final da Copa do Brasil para o milionário Flamengo. Menos ainda perder uma final de Libertadores para o novo rico Botafogo.
Continuo acreditando muito no projeto do Atlético. Time que está sempre chegando às decisões, vai ganhar.
Mas, apesar da crença no futuro, dava sim para o presente ter sido diferente.
Em especial no jogo deste sábado, quando o Atlético jogou mais de 100 minutos com um jogador a mais.
O Botafogo tem um time melhor e um elenco melhor. Mas a oportunidade foi dada para o Galo. Não é todo dia que surge uma chance dessas. E o time do técnico Milito falhou. Essa derrota custará muito caro ao Galo.
O time perdeu o título; a vaga na Copa Libertadores 2025; na Copa Intercontinental do Catar, em dezembro deste ano; na Recopa de 2025; e no Super Mundial de Clubes da Fifa, nos Estados Unidos, em junho e julho de 2025. Além de perder muito dinheiro, perde muito espaço num briga cada vez mais pesada.
Como disse ao final do jogo na jornada da Itatiaia, é hora de uma reformulação profunda do elenco do Atlético.
Será que Vargas, Kardec, Mariano, Otávio, Palacios, Igor Rabello e Bruno Fuchs estariam em elencos de Flamengo, Botafogo e Palmeiras? A resposta é não!
Então, também não servem para o Atlético se quiser de fato bater esses times no próximo ano.
O Atlético tem que seguir o exemplo do Botafogo, no ano passado. Após perder um ‘Brasileiro ganho’, investiu pesado e trouxe jogadores da prateleira de cima. Só assim chegará a um patamar diferente em 2025.
E dentro das muitas reflexões, o clube tem que pensar também na estrutura diretiva do futebol. O trabalho de Gabi Milito está longe de gerar confiança para o próximo ano.
Mesmo com deficiências do elenco, ele poderia ter conquistado a Libertadores pelos problemas enfrentados em campo pelo Botafogo. Fora isso, tinha a obrigação de estar classificado para a próxima Libertadores.
Se o time não é melhor que Flamengo, Botafogo e Palmeiras, está longe de ser pior que muitos que estão à frente no Brasileiro.
É hora de o Galo repensar a rota do futebol. O investimento foi pesado. As condições são as melhores. E os resultados ficaram muito abaixo do possível.
