Toni Kroos, ídolo histórico do Real Madrid, detonou a ida de craques do futebol mundial para o Campeonato Saudita, em entrevista ao Sports Illustrated.
“A falta de direitos humanos é um dos motivos de que não iria para a Arábia Saudita. Dizem que lá se joga futebol ambicioso, mas tudo gira em torno do dinheiro. No final, é uma decisão a favor do dinheiro e contra o futebol. É aí que começa a ser difícil para o futebol que todos conhecemos e amamos”, pontuou.
Apesar da crítica, Kroos comentou que esta é uma questão pessoal e exemplificou com o caso de Cristiano Ronaldo. No entanto, afirmou ser mais difícil entender a situação no caso de jovens jogadores.
“Cada um tem que tomar essa decisão por si mesmo, como Cristiano Ronaldo, que decidiu fazê-lo no final da carreira. Mas se torna muito difícil quando jogadores, que estão no meio da carreira e tem qualidade para jogar nos melhores clubes da Europa, decidem fazer essas mudanças”, concluiu.
Críticas ao Oriente Médio
Kroos é um dos grandes críticos à Arábia Saudita e ao Oriente Médio, no geral. Ele chegou a ser procurado por uma equipe árabe, mas recusou, segundo o jornal espanhol Marca. O alemão também foi um dos grandes opositores à realização da Copa do Mundo de 2022 no Catar. Além de criticar as condições de trabalho precárias, Kroos falou sobre o viés conservador do país.
“As [más] condições de trabalho são uma coisa, mas também há outros pontos. Por exemplo, a homossexualidade no Catar é um crime”, disse.