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Caio Bonfim faz história e estreia com medalha no Mundial de Atletismo

Brasileiro chegou em segundo lugar na prova dos 35 km nessa sexta-feira (12), em Tóquio, no Japão, e conquistou marca histórica

Caio Bonfim com a medalha de prata no Mundial de Atletismo 2025

Caio Bonfim fez história nesta sexta-feira (12). O brasiliense ganhou a inédita medalha de prata na prova dos 35km de marcha atlética, no Campeonato Mundial de Atletismo, em Tóquio, no Japão.

Em um tempo de 2h28min55, sua melhor marca, o medalhista na Olimpíada de Paris 20024 se igualou a Claudinei Quirino como maior medalhista brasileiro em mundiais de atletismo, com três conquistas. Caio já tinha conquistado o bronze em Londres 2017 e Budapeste 2023.

“Desculpa o cansaço. Minha mulher mandava mensagem todo dia pedindo para lutar por nós e foi o que fiz. Eu tinha mais um quilômetro e lutei muito. Sei o quanto é difícil chegar entre os melhores e se manter”, disse um ofegante Caio Bonfim ao SporTV após a prova.

“Depois da Olimpíada de Paris, uma medalha inédita. Uma inédita nos 35 (quilômetros)”, celebrou.

O atleta revelou que precisou de muita superação em Tóquio.

“Sofri muito no quilômetro 28 e 29 e só pensava em terminar. Mas sabia que podia chegar longe. Entrar nesse estádio é inacreditável, um sonho. Você larga lá no começo sonhando com esse dia”, continuou, dedicando a conquista ao pai e seus familiares.

A prova

Na prova desta sexta, o brasileiro arrancou após os 30 quilômetros, superando competidores asiáticos para garantir um lugar no pódio. Ele ficou atrás somente do canadense Evan Dunfee, com 2h28min22. O bronze foi para o japonês Hayato Katsuki, com 2h29min16.

Após o 30º quilômetro, depois de andar no pelotão que acompanhava os três primeiros, Caio Bonfim foi superado pelo japonês e caiu para sexto. Mas estava ‘inteiro’ na competição e rapidamente começou a superar os oponentes, subindo para o segundo lugar.

Dunfee se isolou na frente e após 15 das 16 voltas, começou a sentir dores musculares, a todo momento colocando a mão no posterior da coxa. Mas a vantagem de 42 segundos era suficiente. Ele entrou no estádio em primeiro lugar e já recebeu a bandeira no Canadá. Cruzou exibindo com orgulho a bandeira do seu país.

Logo a seguir, surgiu Caio Bonfim. O brasileiro deu uma olhada para trás e viu que estava cômodo no segundo lugar e sem condições de alcançar o canadense. Apenas evitou punições e celebrou a conquista. Cruzou exausto, mas sorridente.

Os outros dois brasileiros na prova cruzaram em 15º (Matheus Corrêa) e 27º (Max Batista).

O brasileiro ainda pode somar mais um grande feito no Mundial de Tóquio. Daqui uma semana, Caio Bonfim disputa os 20 quilômetros da marcha atlética, sua principal prova. Caso suba ao pódio nessa prova, Caio será o maior medalhista de mundiais de atletismo da história da modalidade no Brasil.

Com agência

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