A CBF confirmou, nesta quarta-feira (5), que os acréscimos mais longos vistos na Copa do Mundo do Catar servirão de modelo para a arbitragem do Campeonato Brasileiro de 2023. Interrupções como comemorações de gols e marcação de pênaltis vão passar a ser contados para serem descontados depois.
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“A Copa do Mundo é uma referência também para a arbitragem. Na comemoração de um gol ou na marcação de um pênalti, por exemplo, o árbitro gasta no mínimo um minuto para fazer toda a gestão. E isso gera um maior acréscimo”, afirmou o presidente da comissão de arbitragem da CBF, Wilson Seneme, durante uma sessão de treinos de pré-temporada dos árbitros da Série A do Brasileirão.
Durante o Mundial do Catar, o tempo de acréscimo causou surpresa em boa parte da torcida, com algumas partidas sendo prolongadas por mais de 10 minutos. A ideia é de que os jogos tenham mais tempo de bola rolando.
“Antes os árbitros não tinham em conta algumas situações de bola parada e agora precisam estar atentos para repor”, disse Seneme.
Aquecimento controlado
Outra novidade para o Brasileirão é a redução do número de jogadores que poderá aquecer em simultâneo durante os jogos. Segundo a CBF, a redução de atletas se movimentando ao redor do campo de jogo vai reduzir as reclamações com a arbitragem.
“Haverá um revezamento e um rodízio de jogadores aquecendo, o que ficará a cargo do preparador físico da equipe. Com parte dos jogadores no banco, fica mais fácil de se controlar possíveis reclamações”, disse Seneme.
A CBF dividiu, em duas turmas de 84 pessoas, para um período de pré-temporada, os árbitros que vão apitar o Brasileirão de 2023. A primeira delas conclui os trabalhos na sexta-feira (7) e a segunda estará presente na próxima semana, que antecede o início da competição nacional. Todos os árbitros, auxiliares e responsáveis pelo VAR vão passar pelos mesmos treinamentos e orientações.
