Jogadores de futebol estão mais propensos a desenvolverem Alzheimer, segundo estudo feito na Suécia e publicado pela The Lancet Public Health. A pesquisa indica que os futebolistas têm 1,5 vezes mais chances de desenvolver doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e demências.
Há a hipótese de que essa tendência se dê em função dos cabeceios repetitivos durante os treinamentos e as partidas. Esta também é a opinião do professor honorário do UCL Genetics Institute (Reino Unido), David Curttis.
“Parece extremamente plausível que cabecear repetidamente a bola durante o treino e o jogo cause danos cerebrais que podem levar à demência ao longo do tempo. O fato de não aumentar o risco para os goleiros, que raramente cabeceiam, reforça essa hipótese”, afirma o pesquisador.
Mais de sete mil jogadores fizeram parte do estudo. Os profissionais escolhidos jogam na primeira divisão da Suécia. Os atletas, porém, não têm maior chance de desenvolver Parkinson, outra doença neurodegenerativa, por exemplo. Em relação ao grupo de controle, o risco de morte por todas outras doenças foi ligeiramente menor entre os jogadores.