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Pelé se despede da vida consagrado como o maior ícone do esporte de todos os tempos

Em 82 anos de vida, Pelé conquistou o mundo dentro e fora de campo e se transformou num ícone pop à altura de John Lennon, Lady Di, Elvis Presley e Marilyn Monroe

Pelé criou a mística em torno da camisa 10

O corpo de Edson Arantes do Nascimento foi sepultado na tarde desta terça-feira (3). Mas Pelé seguirá eterno. E mais que a eternidade, a comoção mundial em torno da morte do Rei do Futebol confirma o que já era um fato inquestionável: Pelé é o maior ícone do esporte de todos os tempos e representa muito mais do que os seus inigualáveis feitos dentro de campo.

A notícia da morte do eterno Camisa 10 da Seleção, na quinta-feira (29), em decorrência de um câncer de cólon, gerou uma onda de reações poucas vezes vistas na sociedade moderna. Chefes de Estado, estrelas da música e do cinema, atletas e ex-atletas de diferentes modalidades. De Barack Obama a Elton John, ninguém ficou indiferente à passagem do Rei.

Jornais de todo o mundo ilustraram em suas capas imagens eternizadas do agora eterno Pelé. “O Rei está morto”. Mas junto à tristeza por sua morte, surgiu uma onda de celebração à carreira e à vida da estrela maior do esporte mais popular do planeta.

O Brasil assistiu com certo espanto a esta onda histórica mundial desencadeada pela notícia da morte do eterno Camisa 10. E constatou que o nome de Pelé representa muito mais que os seus feitos dentro de campo. Está em uma prateleira que pouquíssimas pessoas podem ocupar: John Lennon, Lady Di, Elvis Presley, Marilyn Monroe, Michael Jackson.

Pelé cantou, gravou ao lado das maiores estrelas, como Elis Regina. Pelé foi estrela de Hollywood, atuou ao lado de astros como Sylvester Stallone e Michael Caine. Pelé fez o que quis como quis. Porque ele foi e sempre será Pelé.

Expoente da arte pop, Andy Warhol cunhou a frase de que “todo mundo teria direito aos seus 15 minutos de fama”. Certa vez, disse que Pelé seria uma das poucas exceções à sua regra, pois teria uma “fama que duraria 15 séculos”.

O americano Warhol estava certo sobre aquele menino de Três Corações, que se tornou o maior mineiro de todos os tempos, o brasileiro mais famoso da História.

A imagem de Pelé como um ícone da cultura mundial vai durar enquanto houver cultura no mundo. Sua morte foi um acontecimento tão histórico e marcante quanto sua vida. Todos que testemunharam o dia 29 de dezembro de 2022 vão se lembrar do momento exato, do que estavam fazendo, quando receberam a notícia da morte de Edson Arantes do Nascimento.

E vão celebrar para sempre a vida de Pelé, o eterno.

Jornalista, mestre em Comunicação, Cultura e Tecnologias de Informação pelo ISCTE-IUL (Lisboa), com passagens por TV Globo | SporTV, Jornal Hoje em Dia, Agência EFE (Espanha), BBC News Brasil (Inglaterra) e Sport TV (Portugal)