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Deolane Bezerra critica comemoração por mortes em megaoperação no Rio

A ex-Fazenda lamentou a violência e criticou quem comemora as mortes durante a operação no Rio; Confira o que Deolane disse sobre o caso

Deolane Bezerra é influenciadora digital

Deolane Bezerra se manifestou sobre a megaoperação no Rio de Janeiro, considerada a mais letal da história, nesta quarta-feira (29). Ao todo, 119 pessoas morreram na ação contra o Comando Vermelho.

Pelas redes sociais, a ex-Fazenda disse que é “inacreditável” o que está acontecendo no Rio. “O que podemos fazer com a nossa influência é vir aqui, questionar as autoridades e orar pelo estado do Rio de Janeiro. E lembrar você que está aí do outro lado, achando bom, achando que isso é o que tem que ser feito, lembrar que lá tem muitas mães, esposas, filhos, pessoas do bem, correndo o risco de vida”, iniciou.

“Eu tô ruim. Eu já chorei umas três vezes hoje com alguns vídeos que eu vi e quem não se sensibiliza com uma situação dessa?”, questionou a influenciadora.

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“Desde ontem tá bem pesado. E é inacreditável o tanto de pessoas comemorando as mortes. Assim, eu acho que essas pessoas, elas já estão mortas por dentro, né? As que comemoram. Gente, nosso país não tem pena de morte. Nosso país não tem guerra. E quando se fala isso, é defendendo as pessoas que moram ali na comunidade, que 99% são pessoas do bem. É defendendo os próprios policiais que estão arriscando suas vidas para entrar dentro de uma comunidade com um monte de fuzil. Não é assim que se resolve. Acabou o crime? Não. Cara, não é possível que vocês estejam apoiando”, concluiu Deolane.

Rachel Sheherazade se manifesta

Além de Deolane, Rachel Sheherazade, jornalista e apresentadora da Record, também se manifestou nas redes sociais.

Em um vídeo publicado no Instagram, Sheherazade repudiou o número de mortos e criticou a forma como a ação está sendo conduzida pelas forças de segurança do estado. Vale lembrar que a Prefeitura do Rio de Janeiro colocou a cidade em alerta 2, ou seja, em risco de ocorrências de alto impacto.

Na ocasião, a jornalista chamou a operação policial de “desastrosa” e disse que os agentes entraram nos complexos para cumprir 100 mandados de prisão e não execuções. “Os que defendem a execução sumária de seres humanos obviamente comemoraram. Para eles, pouco importa quem eram os mortos, se culpados ou inocentes. Pouco importa se entre eles havia um estudante voltando da escola, uma dona de casa na esquina da padaria, um trabalhador”, disse.

Rachel seguiu: “Deixa eu dizer uma coisa: os traficantes do morro são peixes pequenos, os maiores e mais poderosos criminosos andam de jatinho, vivem em condomínios fechados de mansões, almoçam em restaurantes chiques e apertam as mãos de gente graúda de Brasília. Por que o governo não faz operações nesses lugares?”.

“O policial aprende a odiar a favela de onde veio e não o sistema que aprisiona ele e o traficante na mesma pobreza. No fim das contas, o gatilho quem puxa é o policial, ele é quem suja a mão de sangue, mas a culpa da chacina é de quem manda matar”, encerrou.

Patrícia Marques é jornalista e especialista em publicidade e marketing. Já atuou com cobertura de reality shows no ‘NaTelinha’ e na agência de notícias da Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt). Atualmente, cobre a editoria de entretenimento na Itatiaia.