A atriz
A revelação foi feita por meio de um texto em que ela desabafa sobre a figura da mulher na sociedade. “A primeira vez que eu posei nua foi para a capa de uma revista e ainda fazendo campanha para a Honda. Sabe aquele jabá no início da carreira que não dá pra recusar? Está aí um ensaio que deu o que falar”, iniciou.
“Por conta dessas fotos fui expulsa da igreja que ia com a minha mãe... Tive uma infância muito reprimida, cresci num internato, lá me ensinaram que as meninas precisavam ser protegidas dos homens, lá não podíamos nos olhar peladas. Em casa, o discurso era similar com minha mãe, mas eu sempre encarei a nudez com naturalidade e nunca me permiti ser reprimida”, continuou.
Os cliques de Zezé com um modelo masculino pelados em cima de uma moto estamparam as páginas da extinta “Revista Pomba”. “O Nelson Motta, que é meu compadre diz que os diretores não pediam para eu tirar a roupa, eu que já ia tirando. Batia a claquete, eu baixava a alça do sutiã! Quando sai do colégio interno, aos 12 anos, onde o corpo era tabu, a primeira coisa que fiz quando saí de lá foi tirar a roupa”, confessou.
Em seguida, a artista relata parte da rotina vivida com sua mãe, que morreu em maio de 2020. “O apartamento que meus pais foram morar, no Leblon, era no último andar e no verão aquilo virava um forno. Quer dizer, eu ficava costurando com a minha mãe só de calcinha. Aí, quando o meu irmão estava para chegar, ela mandava eu me vestir. Eu dizia: ‘Ué, basta ele me olhar com olhos de irmão!’”
"(Nem) toda nudez deverá ser castigada, Zezé!”, encerrou a cantora. Motta está em cena nos palcos com o espetáculo “Vou fazer de mim um mundo”, que celebra seus 80 anos de vida.
