Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso compartilharam nas redes sociais, nesta sexta-feira (12), uma atualização sobre o processo movido em Portugal contra a mulher que foi detida suspeita de fazer ofensas racistas contra os filhos, Titi e Bless, em 2022. A atriz contou que eles conseguiram enquadrar o crime como difamação e injúria racial, e a acusação foi aceita pelo Ministério Público.
Giovanna Ewbank defende filhos com Bruno Gagliasso e mulher é presa após caso de racismo em Portugal
De acordo com o casal, a primeira acusação, de punição para discriminação e incitamento ao ódio e à violência havia sido negada. “Há quase 2 anos fizemos uma acusação no Ministério Público de Portugal após nossos filhos e um grupo de angolanos serem vítimas de racismo. Racismo é crime e não pode ser banalizado”, disse.
“Inicialmente pedimos que a autora dos crimes fosse enquadrada em crimes previstos no artigo 240 do Código Penal Português que prevê punição para discriminação e incitamento ao ódio e à violência. A denúncia não foi aceita, mas nunca desistimos”, acrescentou.
Ela contou que agora tem motivos para comemorar porque conseguiram enquadrar o ocorrido no crime devido desta vez. “Hoje, podemos comemorar porque o Ministério Público aceitou nossa acusação por difamação e injúria racial e superou uma questão teórica sobre onde enquadrar o crime perante a lei. Vencemos, mas ainda é um pequeno passo”, ressaltou.
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A atriz continuou: “Entretanto, acreditamos que, se este processo puder conscientizar em questões de combate ao racismo, o mundo poderá, quem sabe um dia, ser mais igualitário. O próximo passo será o julgamento da racista. Esperamos voltar em breve para contar outra vitória. Porque acreditamos.”
“Agradecemos aos advogados portugueses Rui Patrício, Catarina Martins Morão e Teresa Sousa Nunes que permanecem ao nosso lado para que a justiça reconheça o racismo como um crime – um crime que discrimina, que fere a autoestima e não permite que pessoas negras tenham oportunidades. Um crime que mata em qualquer parte do mundo. E a gente precisa construir uma sociedade que entenda que o racismo não pode ser tolerado, nem em forma de ódio disfarçada de piada”, concluiu
Entenda o caso
No dia 30 de setembro de 2022, Giovanna Ewbank se envolveu em uma discussão com uma mulher em um restaurante na Costa da Caparica, em Portugal, para
“Racista nojenta. Olha para a sua cara, olha para você. Dá pena, você é uma nojenta, racista. Você merece um soco, uma porrada na sua cara”, dizia ela.
A mulher branca, portuguesa, de 57 anos, identificada como Maria Adélia Coutinho Freire de Andrade de Barros, foi flagrada xingando de forma racista Titi e Bless e um grupo de turistas angolanos.