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Sepultura celebra ‘vida através da morte’ na despedida em BH nesta sexta-feira (1º)

Com novo baterista, banda mineira de metal começa turnê, que vai durar 18 meses e passar por 20 países, em Belo Horizonte (MG)

Primeira foto da nova formação do Sepultura, com Andreas Kisser, Greyson Nekrutman, Paulo Xisto e Derrick Green, que fazem estreia em BH

Com baterista escalado de última hora, o Sepultura começa por Belo Horizonte, nesta sexta-feira (1º), a turnê de despedida “Celebrating life through death” (“Celebrando a vida através da morte”), que marca os 40 anos de carreira.

O show, no Arena Hall, está com ingressos esgotados. O repertório apresentado nesta noite ainda é um mistério. No sábado, a banda toca em Juiz de Fora (MG).

A turnê de despedida está prevista para durar 18 meses e inclui, por enquanto, oito shows no Brasil e passagens por sete países da América do Sul e doze na Europa.

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Fundado nos anos 1980 pelos irmãos Igor e Max Cavalera, no bairro de Santa Tereza, na Zona Leste de BH, o Sepultura se tornou uma das bandas mais celebradas do país e um dos conjuntos brasileiros mais conhecidos do mundo.

Com um som sempre pesado, os mineiros levaram o trash metal para mais de 80 países ao longo dos 40 anos de carreira.

Em 2024, após várias formações, o Sepultura encerra a carreira começando por BH. Ícones da música brasileira que fizeram história no Santa Tereza, Milton Nascimento e o Skank também se despediram dos palcos em 2022 e 2023 com shows memoráveis no Mineirão.

Nesta sexta (1º), chegou a vez do metal se despedir da terra natal com uma “morte consciente e planejada”, de acordo com o comunicado oficial do grupo.

Novo baterista

O Sepultura chega aos shows finais com formação inédita. O baterista Eloy Casangrande, que estava na banda desde 2011, foi substituído pelo norte-americano Greyson Nekrutman, de apenas 21 anos, que já tocou com o Suicidal Tendencies.

No dia 27 de fevereiro, a banda foi às redes sociais anunciar que Eloy deixou o grupo. Em tom indignado, a banda acusou Casagrande de pedir para sair “sem aviso prévio ou qualquer tipo de debate sobre como fazer a transição”.

A comunicação foi feita e ele se desligou imediatamente da banda, abandonando tudo relacionado ao Sepultura”. O guitarrista Andreas Kisser afirmou que a atitude foi “realmente lamentável”.

Nas redes sociais da banda, no entanto, muitos fãs se indignaram com o tom adotado pela banda para anunciar a saída do baterista.

“Post de tom muito ofensivo para um cara que fez TANTO por essa banda”, afirmou um fã.

Eloy Casagrande agradeceu o Sepultura pela experiência, “que foi uma das mais ricas” da vida, e deu pistas de que pode ir para o Spliknot, como especulado pelos fãs.

“Talvez não faça sentido neste momento, mas decisões precisaram ser tomadas pensando em novos ciclos que virão. Somos feitos de escolhas e elas nem sempre se dão de maneira fácil. A minha saída jamais apagará meu respeito e gratidão à banda”, afirmou Eloy Casagrande nas redes sociais.

Dias antes de subir ao palco com o Sepultura pela primeira vez, Greyson Nekrutman afirmou que estava empolgado e “exausto” com a oportunidade.

“Pronto para o primeiro show, mas exausto. Foram alguns dias longos. Basicamente, uma semana de (muita) música”, apontou em entrevista nas redes sociais. Nekrutman conta que está pronto para “quebrar algumas baquetas e dedos no caminho”.

O Sepultura ainda não confirma, mas a turnê de despedida pode resultar em um álbum ao vivo com registro dos últimos shows, que celebram os 40 anos de carreira da banda, que é uma das mais populares do genêro.

O Sepultura ainda não confirma, mas a turnê de despedida pode resultar em um álbum ao vivo com registro dos últimos shows.

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Formado em Jornalismo pela UFMG, com passagens pelo jornal Estado de Minas/Portal Uai. Hoje, é repórter multimídia da Itatiaia.