Ouvindo...

Entenda o que é a ‘síndrome sensorial’, diagnosticada em filho de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso

A atriz relatou sobre no último episódio do podcast ‘Quem Pode, Pod’

Especialista explica sobre o transtorno

A atriz Giovanna Ewbank revelou durante o último episódio do podcast ‘Quem Pode, Pod’ que seu filho, Bless, de 8 anos, foi diagnosticado com ‘síndrome sensorial’, um transtorno de processamento que acomete os sentidos básicos como olfato, tato, audição, visão e paladar. De forma resumida, eles ficam ‘mais apurados’.

Durante a transmissão, Giovanna se emocionou e afirmou que seu filho deu inúmeros sinais de que havia algo errado, mas ela considerava como besteira e ‘frescura’ do pequeno.

“Diversas vezes ele passava, por exemplo, pela cozinha, e falava: ‘ai, que cheiro forte!’. E eu falava: ‘Bless, para com isso. É frescura, filho! É o cheiro da cebola’. Quando ele pisava na grama e falava: ‘me tira daqui!’. E eu falava: ‘filho, para de frescura, é só grama’. Queria muito colo, não gostava de ir para o meio do mato - onde a gente vai muito - porque o barulho das moscas incomodava ele”, relatou.

Diagnóstico

A especialista Dra. Ângela Matilde Soares, PhD em neurociência, psicanalista e psicopedagoga da Clínica Aprendizagem e Cia afirmou se tratar de algo comum, porém pouco estudado e de suma importância.

De acordo com a doutora, o diagnóstico acontecem em conjunto com os pais: "É preciso ouvir os pais, acompanhar o desenvolvimento da criança, ouvir a escola, para ter um anamnese bem analisada e encaminhar um tratamento assertivo”, explica.

A especialista explica que existem diferentes tipos de classificação para a síndrome. A modulação sensorial é definida pela dificuldade para regular a intensidade de respostas dos estímulos, como por exemplo, o grau de dor.

Há também o transtorno motor com base sensorial, que define a dificuldade em absorver informações do corpo, como não conseguir definir se está cansado ou com febre, por exemplo.

"É de suma importância saber que não é algo que vem sozinho, vem elencado com comorbidades emocionais como TDAH, dislexia, depressão e ansiedade. É preciso saber detectar o que vem acoplado”, explica.

Tratamento

De acordo com Ângela, um dos caminhos do tratamento é a o acompanhamento com a terapeuta ocupacional, principalmente para auxiliar no controle dos sentimentos acoplados, causados pelas demais transtornos emocionais.

“Como ajudar uma criança com o transtorno: não fazendo chacota. O sensório está ligado ao ambiente e sentidos, temos que respeitar. Estimular brincadeiras, falar, atividades físicas, levar para ver a natureza, se mover, pular, tudo isso é bom”, conta.

O caminho de normalizar e entender a situação é um grande aliado para o tratamento do transtorno.

Formado em Jornalismo pelo UniBH, em 2022, foi repórter de cidades na Itatiaia e atualmente é editor dos canais de YouTube da empresa.