Ouvindo...

Debate em SP: Boulos insiste em suspeitas sobre corrupção, e Nunes em inexperiência de adversário

Candidatos participaram de debate promovido pela “TV Globo”

Os candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) durante debate da TV Globo

O último debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo (SP) antes do segundo turno foi marcado por insinuações de corrupção na gestão do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), e sobre o perfil radical de Guilherme Boulos (PSOL), especialmente em temas ligados à segurança pública. Os dois participaram, por quase duas horas, do debate promovido pela “TV Globo”, na noite desta sexta-feira (25). O segundo turno está marcado para o próximo domingo (27).

Apesar de não ter apresentado acusações novas, Boulos insistiu em suspeitas sobre contratos de concessões, como serviços funerários e de cemitérios, e também sobre a relação do atual prefeito com um servidor ligado à família de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder da facção Primeiro Comando da Capital (PCC).

O deputado do PSOL acusa Nunes de ser conivente com integrantes de organizações criminosas dentro da Prefeitura. Boulos citou o nome de um cunhado de Marcola. O prefeito negou, dizendo que o nome citado é de um servidor de carreira.

Desde o início do debate, Ricardo Nunes chamou o adversário de “extremista” e “radical”. “Radicalismo e extremismo não vão permitir que ele chegue em lugar algum”, disse o prefeito.

“Extremismo é você que anda com Bolsonaro, que trabalhou contra vacina, que tentou golpe. Você que deu tiro em porta de boate, que bom que você se arrependeu, era jovem”, rebateu Boulos, lembrando de um episódio em que Nunes foi parar em uma delegacia após dar tiros ao alto em frente a uma boate.

Leia também

Boulos também levantou suspeitas sobre a ligação de Ricardo Nunes com a chamada “Máfia das Creches”. Uma investigação da Polícia Federal que aponta que organizações sem fins lucrativos teriam desviado R$ 14 milhões durante a gestão de Bruno Covas (PSDB), ao qual Nunes foi vice e assumiu o controle do governo local após a morte do tucano.

“Você não respondeu por que o dinheiro caiu na sua conta e não na da sua empresa”, disse Boulos.

Nunes destacou que São Paulo está “em dia com sua saúde financeira”, jogando luz sobre sua gestão à frente da cidade. “Temos muita coisa para fazer, mas estou com muita energia e muita vontade”.


Participe dos canais da Itatiaia:

É jornalista formado pela Universidade de Brasília (UnB). Cearense criado na capital federal, tem passagens pelo Poder360, Metrópoles e O Globo. Em São Paulo, foi trainee de O Estado de S. Paulo, produtor do Jornal da Record, da TV Record, e repórter da Consultor Jurídico. Está na Itatiaia desde novembro de 2023.
Yuri Cavalieri é jornalista e pós-graduando em política e relações internacionais. Tem mais de 12 anos de experiência em rádio e televisão. É correspondente da Itatiaia em São Paulo. Formado pela Universidade São Judas Tadeu, na capital paulista, onde nasceu, começou a carreira na Rádio Bandeirantes, empresa na qual ficou por mais de 8 anos como editor, repórter e apresentador. Ainda no rádio, trabalhou durante 2 anos na CBN, como apurador e repórter. Na TV, passou pela Band duas vezes. Primeiro, como coordenador de Rede para os principais telejornais da emissora, como Jornal da Band, Brasil Urgente e Bora Brasil, e repórter para o Primeiro Jornal. Em sua segunda passagem trabalhou no núcleo de séries e reportagens especiais do Jornal da Band.