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Dissidentes de PV e Rede desembarcam da candidatura de Rogério Correia para dar ‘voto útil’ em Fuad

Candidato do PT minimizou ‘traições’ e disparou: ‘querem manter emprego na prefeitura’

Rogério minimizou desembarque de partidos aliados e disparou: ‘querem emprego na prefeitura’

Lideranças de dois partidos que estão, formalmente, na coligação “BH da Esperança”, encabeçada por Rogério Correia (PT), estão prontos para desembarcar da candidatura e apoiar a reeleição do atual prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD). Representantes do Partido Verde (PV) e da Rede Sustentabilidade marcaram um evento nesta quinta-feira (26) para lançar o manifesto “Democrática, Progressista e Popular: nosso voto tem consequência”, em defesa do voto útil no atual prefeito.

A deputada estadual Lohanna França (PV) é uma das que estará presente no lançamento do manifesto.

“Nunca foi dito que o Fuad é de esquerda, mas ele dialoga com o campo, coisa que se espera de um bom chefe do Executivo. Respeito o Rogério, tenho uma admiração pessoal pela Duda, mas a realidade se impõe”, declarou.

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A Itatiaia apurou que o que motiva nomes do PV e Rede a fazer essa mudança de apoio é a crença de que a candidatura de Fuad é única que dialoga com o campo progressista que tem chances de seguir para uma disputa em segundo turno, impedindo, dessa forma, que o pleito seja decidido entre dois candidatos mais alinhados à direita, casos dos deputados estaduais Bruno Engler (PL) e Mauro Tramonte (Republicanos).

A coligação “BH da Esperança” é composta por partidos que formam duas Federações — PT, PV e PCdoB e PSOL/Rede — além do PCB. No entanto, diante dos números baixos que Rogério Correia tem alcancado nas pesquisas de intenção de voto, parte da chapa entendeu que a candidatura do petista não decolou o bastante para tirar Tramonte e Engler da disputa final.

Rogério Correia, por sua vez, minimizou a articulação e diz que, desde o primeiro momento, setores do PV e da Rede estavam fora de sua campanha já que contam com cargos na Prefeitura de Belo Horizonte. Segundo ele, o movimento é articulado por pessoas que querem manter seus empregos na prefeitura.

“Não vi setores da esquerda e do campo progressista com apoio ao Fuad, não. O que estou vendo são pessoas que, precisando de um emprego na prefeitura, continuam com o Fuad. Foi o que eu vi”, afirmou.


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Jessica de Almeida é repórter multimídia e colabora com reportagens para a Itatiaia. Tem experiência em reportagem, checagem de fatos, produção audiovisual e trabalhos publicados em veículos como o jornal O Globo e as rádios alemãs Deutschlandfunk Kultur e SWR. Foi bolsista do International Center for Journalists.