O candidato à Prefeitura de Belo Horizonte, Rogério Correia (PT), e a vice da chapa, Bella Gonçalves (PSOL), disseram nesta sexta-feira (13) que ficaram sabendo pela imprensa sobre o aceno da também candidata Duda Salabert (PDT) sobre uma união do campo da esquerda para chegar ao segundo turno das eleições na capital. Em agenda de campanha no Sinmed, o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, Rogério disse acreditar que o aceno de Duda é uma revisão da posição anterior da concorrente, que descartou unir as chapas.
“Eu acho que ela está querendo rever a posição dela, porque seria muita descortesia ela dizer que tinha conversa com a gente em outro sentido, sendo que nós não assinamos nada disso. Então eu entendo que é um aceno dela, no sentido de fazer uma abertura para o que nós já propusemos há muito tempo, que era unificar o campo de esquerda em torno do campo do Lula, que nós representamos”, disse.
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Bella Gonçalves, por sua vez, disse que quer conversar com Duda. “A gente espera e tem esperança de que ela abra um diálogo conosco. A gente está muito esperançoso nesse sentido. Porque escutamos esse papo na imprensa e falamos: ‘vamos’. Ela não nos procurou até agora, mas vamos colocar publicamente que a gente sim quer conversar sobre a possibilidade de unificação e que ela é muito bem-vinda”, afirmou.
A desistência de Rogério para apoiar Duda, segundo Bella, está descartada, uma vez que o PT conseguiu unir diversos partidos em apoio à candidatura do deputado federal. “Eu acho que a unificação hoje está também nas mãos da Duda. Um pouco porque o Rogério conseguiu aglutinar um polo de unidade maior. É muito mais difícil você dissuadir esse pólo diante do cenário colocado. Já a Duda, por sua vez, que é uma candidata que eu respeito muito, e que tem compromisso com a cidade, tem condições de, nesse momento, vir”, afirmou.
Lula em BH?
Na mesma agenda, Rogério Correia disse ainda ter esperanças de que o presidente Lula venha a Belo Horizonte para subir ao palanque ao seu lado. “A presidenta Gleisi (Hoffmann, presidente nacional do PT) disse que ele confirmou que tem a vinda, mas não tem a data. Eu tinha sugerido o dia 14, que era um dia que eu achava que seria possível dele vir e uma data boa para a gente. Mas estamos esperando ainda a data”, afirmou.
Rogério disse ainda que o problema está na agenda cheia de Lula. “Ele não fez nenhuma agenda ainda, a não ser em São Paulo”.