O tema da segurança pública foi explorado tanto pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) como pelo seu adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na propaganda eleitoral dos presidenciáveis na TV e no rádio veiculada nesta sexta-feira (21).
De um lado, o atual presidente e candidato à reeleição apresentou uma comparação entre ele e o petista, dizendo que Lula já foi preso, defende a saidinha de criminosos da prisão e que defendeu a soltura de sequestradores do empresário Abílio Diniz. Por outro lado, a campanha de Bolsonaro afirma que ele enfrenta o crime, defende a prisão de criminosos e combate a impunidade.
A propaganda eleitoral de Bolsonaro deu destaque a um antigo desafeto do presidente, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro (União-PR), eleitor senador pelo Paraná nas eleições de 2 de outubro.
“Os governos do PT foram manchados por escândalos de corrupção. Eu quero poder chegar na minha casa e poder olhar nos olhos do meu filho e dizer para ele que roubar é errado. Não podemos permitir que o PT, com todos esses escândalos de corrupção, retorne ao poder”, afirmou Moro.
O programa ainda diz que os governos dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff foi marcado por “bagunça de militante”, invasões de terras e conflitos violentos do MST.
Por sua vez, a propaganda de Lula na TV diz que, se ele for eleito, será criado o Ministério da Segurança Pública, para ajudar estados a reduzirem os níveis de criminalidade. A peça também critica as políticas de flexibilização para compra e porte de armas de fogo.
“Sei que vocês estão preocupados com milhões de armas espalhadas pelo país. Somente no ano passado foram vendidos 400 milhões de cartuchos. O atual presidente diz que quer todo mundo armado, o que ele não diz é que isso inclui o narcotráfico, as milícias e demais organizações criminosas, que agora podem montar seu arsenal com armas compradas legalmente devido a total falta de controle”, disse Lula na propaganda.