Diferentemente do que ocorreu em Belo Horizonte com a Arena MRV, a Prefeitura do Rio de Janeiro tem ajudado os clubes cariocas a construírem novos centros de treinamentos e até mesmo novos estádios. Enquanto Flamengo e Botafogo tiveram terrenos recebidos para construção de uma
A colaboração entre a Prefeitura do Rio e os clubes da capital fluminense em nada se assemelha à situação vivida pelo Atlético para a construção da Arena MRV. Segundo o CEO do Alvinegro e do estádio, Bruno Muzzi, “quase 50% do valor da obra (da Arena) foi exigido em contrapartidas”.
“A obra vai chegar na casa de R$ 750 milhões, temos comprometidos R$ 170 milhões em contrapartida, mais o que está colocado na licença, na casa de R$ 135 milhões. Quase 50% do valor da obra em contrapartidas”, explicou Bruno Muzzi, em junho, em depoimento na CPI do Abuso de Poder, da Câmara Municipal de BH, que investigou as contrapartidas exigidas pela gestão do ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD) para a construção da Arena MRV.
Colaboração entre Prefeitura e Vasco
O projeto que ajudará o Vasco a viabilizar a modernização de São Januário foi alinhado com o prefeito Eduardo Paes (PSD). O projeto será enviado em breve para votação na Câmara dos Vereadores do município.
Ainda sem aprovação da cidade, a reforma não pode começar, mas o clube fez um pré-acordo para a venda de um empreendimento na Barra da Tijuca, com valores em torno de R$ 500 milhões. Esse valor será destinado ao projeto de ampliação do estádio, desevolvido pela WTorre.
Com a modernização do estádio, a capacidade será de 43 mil pessoas. Atualmente, São Januário comporta cerca de 22 mil torcedores.
CT do Botafogo
Em parceria com o Lyon-FRA, o
Novo estádio do Flamengo
A área do Gasômetro é a favorita para o
Situação diferente em BH
Em Belo Horizonte, a Prefeitura agiu na contramão. Para a construção da Arena MRV, do Atlético, houve diversas cobranças por contrapartidas para liberação das obras no local, cujo valor estipulado era de R$250 milhões.
A questão da nova casa do Atlético foi alvo até mesmo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). A intitulada “CPI do Abuso de Poder”, que apurava se as contrapartidas exigidas foram impostas pela gestão de Alexandre Kalil, ex-prefeito de Belo Horizonte, para prejudicar o andamento das obras.
O clube chegou a se manifestar sobre as exigências feitas pela PBH durante a gestão de Kalil, em 2022. Segundo o Atlético, as mais de 100 contrapartidas exigidas pela PBH tinham “valores exorbitantes e completamente desproporcionais em relação a qualquer outra arena erguida no Brasil”.
Para o Galo, a PBH usou “o empreendimento e seus apoiadores financeiros para que se resolvesse problemas históricos da região, como o de obras estruturantes viárias, que deveriam ter sido realizadas pelo poder executivo municipal”.