Milhares de pessoas participaram de uma rave que durou toda a noite de sexta-feira perto do Kibutz Re’im, próximo à fronteira, um dos vários locais atacados por terroristas que se infiltraram no país pela Faixa de Gaza. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o desespero dos jovens tentando fugir do local.
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À imprensa local, as Forças de Defesa de Israel (IDF) disseram ter criado uma sala de situação para se concentrar na coleta de informações precisas sobre os reféns israelenses. O objetivo é compilar um “quadro situacional” para localizar os desaparecidos. Eles acrescentam que “algumas famílias já receberam mensagens sobre os seus entes queridos”.
‘Levaram tiros’
À TV israelense Canal 12, Ora Kuperstein disse que sua família estava procurando seu sobrinho, Bar, de 21 anos, que trabalhava na festa quando foi sequestrado e levado para Gaza. “Ninguém nos contou nada. Ninguém está nos ajudando. É um caos”, disse. “Os pais dele não sabem de nada [...] Pelos vídeos que vimos, ele estava ao lado dos guardas, que foram os primeiros a levar tiros”, acrescentou.
No sábado (12), o Canal 12 informou que dezenas de corpos foram recuperados do local. Os restos mortais foram levados para identificação e, logo depois, pais fizeram filas perto do Aeroporto Ben Gurion. Eles foram orientados a trazer objetos pessoais, como escovas de dente, que pudessem conter DNA. Os familiares também estiveram em hospitais à procura de parentes desaparecidos.
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Um homem identificado como Nissim contou que seu irmão estava na festa. “Onde está o governo? Por que ninguém está nos ajudando a encontrá-los?”, gritou. Na última mensagem recebida do irmão, ele falava que estava sangrando após ser baleado.
Outra mãe desesperada interrompeu a entrevista e contou que estava procurando por sua filha, Amit Buskila. “Estou há 27 horas procurando minha filha e ninguém nos ajuda [...] Eu imploro a todo o país. Me ajude a encontrar minha filha”, chorou Alin Atias.
Moshe Or contou que viu seu irmão Avinatan e a namorada, Noa Argamani, em um vídeo publicado no Telegram, onde os dois estavam sendo feitos reféns por terroristas. “Fiquei preocupado e tentei ligar para eles, mas o telefone dele não estava disponível e o dela também não. Depois de algumas horas, os serviços de emergência nos contataram e nos disseram que viram um vídeo do meu irmão e sua namorada Noa sendo feitos reféns em direção à Strip”, disse ele.
A mãe de Shani Louk, cidadã alemã, fez um apelo por qualquer informação sobre a sua filha, que foi identificada também em um vídeo. “Minha filha, Shani Nicole Louk, cidadã alemã, foi sequestrada junto com um grupo de turistas de Israel pelo Hamas palestino”, comentou. “Eles nos enviaram um vídeo onde pude identificar nossa filha, inconsciente, enquanto os palestinos a levavam para Gaza”, completou.
Um sobrevivente do massacre, identificado apenas como Liran, disse que os terroristas atacaram os participantes da rave enquanto tentavam escapar por uma saída no local. “Aconteceu num instante”, disse ela ao site de notícias Ynet. “Os terroristas chegaram pelo lado direito da estrada e depois saíram de um grande veículo branco, uma espécie de van. Eles atiraram de perto, foi terrível”, iniciou.
“Alguns entraram no carro como eu e começamos a dirigir como loucos. Não consigo entrar em contato com muitas outras pessoas que estavam lá. As famílias estão tentando chegar ao local, é simplesmente um pesadelo”, finaliza.
