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Veja o que se sabe sobre o conflito entre Israel e Hamas

Grupo de terroristas palestinos atacou Israel de surpresa; quase 500 pessoas morreram

Ataques deixaram centenas de mortos em Israel e na Faixa de Gaza neste sábado

O grupo palestino Hamas assumiu a autoria dos ataques que deixam centenas de mortos em Israel e na Faixa de Gaza neste sábado (7). Infiltrados da organização islâmica, que é considerada terrorista, promoveram um ataque surpresa com foguetes no Sul do país. Em reação, o governo israelense declarou guerra e atacou o lado palestino.

Veja o que já se sabe sobre o conflito:

Ataque surpresa

O grupo terrorista Hamas organizou um ataque surpresa a Israel, neste sábado (7). Centenas de combatentes palestinos invadiram o país por terra, mar e ar, em um ataque sem precedentes nas últimas décadas. O Hamas lançou mais de 2.500 foguetes contra o território israelense.

Quantas pessoas morreram?

Pelo menos 250 israelenses foram mortos e 1.590 ficaram feridos em tiroteios que ocorreram em mais de 20 locais dentro de Israel, neste sábado. Em Gaza, as autoridades de saúde informaram que mais de 230 pessoas foram mortas e 1.600 ficaram feridas.

O que é o Hamas?

O Hamas é o maior grupo de militantes islâmicos na Palestina. O nome é a junção das palavras em árabe para “Movimento de Resistência Islâmica”. A organização teve início em 1988, na primeira intifada palestina contra a invasão israelense e ocupação de territórios da Faixa de Gaza e da Cisjordânia.

Conforme o cientista político André Lajst, especialista em Israel e Oriente Médio, o Hamas surge em Gaza como braço da Irmandade Muçulmana do Egito. “A Irmandade Muçulmana é uma organização terrorista egípcia, laica, que já cometeu diversos atentados tentando tomar o poder. Não conseguiu, e tem tentáculos e células em vários países do Oriente Médio para tentar participar do processo político e impor sua visão religiosa”, explica.

Terroristas invadiram 22 cidades israelenses e ‘caçou’ civis

Integrantes do grupo terrorista Hamas invadiram pelo menos 22 cidades israelenses, neste sábado (7). A informação foi confirmada pelo principal porta-voz militar do país, o contra-almirante Daniel Hagari.

De acordo com Hagari, os terroristas ainda estão nos locais. Moradores de cidades fronteiriças relataram a mídia local que homens armados bateram “de porta em porta” atrás de civis. Os grupos radicais Hamas e Jihad Islâmica confirmaram que estão mantendo israelenses como reféns.

Data não foi escolhida por acaso

O ataque ocorre exatamente 50 anos após o início da Guerra do Yom Kippur. Em 6 de outubro de 1973, durante o feriado sagrado, tropas do Egito e da Síria tentaram recuperar territórios na Península do Sinai, tomados por Israel na Guerra dos Seis Dias (1967).

A disputa por territórios na Palestina se estende desde a formação do estado moderno de Israel, em 1947, ao fim da Segunda Guerra, quando foi proposta pelas Nações Unidas a criação de dois estados - um árabe e um judeu. Assim, Israel foi reconhecido como país, e a disputa pelo território palestino se arrasta até hoje sem acordo.

Primeiro ministro de Israel promete vingança

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu neste sábado (7) usar todo o poder de Israel para “vingar” o ataque lançado pelo movimento islâmico Hamas a partir da Faixa de Gaza.

O exército “usará toda a sua força para destruir as capacidades militares do Hamas”, declarou Netanyahu na televisão. “Nós os atingiremos até o final e vingaremos com determinação este dia negro para Israel e seu povo”, acrescentou.

EUA declara apoio a Israel

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou em pronunciamento neste sábado (7) que seu governo permanecerá ao lado de Israel, que sofreu ataques do Grupo islâmico Hamas. “Os Estados Unidos estão ao lado de Israel. Jamais daremos as costas ao seu povo. Asseguramos que daremos o apoio que os cidadãos precisam”, disse.

Biden destacou as “imagens horríveis que o mundo assistiu nas últimas horas”. “Em casas e nas ruas pessoas inocentes morrendo, famílias sendo feitas reféns pelo Hamas”, disse.

Brasil convoca Conselho de Segurança da ONU

O governo brasileiro anunciou neste sábado (7) que convocará reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas, para tomar decisões sobre os ataques realizados a Israel a partir da Faixa de Gaza. O Brasil está na presidência do conselho.

Em nota, o governo brasileiro condenou a série de bombardeios e ataques terrestres a Israel a partir da Faixa de Gaza. “Não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis. O governo brasileiro exorta todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação”.

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