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PF busca suspeitos de ataque ao Conecte SUS

Ação ocorre em Minas Gerais, Paraíba, Paraná e Santa Catarina

Polícia Federal procura suspeitos de invadirem Conecte SUS

A Polícia Federal (PF) cumpre mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (16) em Minas Gerais, Paraíba, Paraná e Santa Catarina pela operação Dark Cloud. Os alvos são criminosos suspeitos de invadir os sistemas do Ministério da Saúde e de outros órgãos do governo federal. Eles foram responsáveis pelo ataque que tirou o Conecte SUS do ar em 10 de dezembro de 2021 e o deixou inoperante por 13 dias.

Além de impedir a geração do Certificado Nacional de Vacinação — o que causou transtornos, uma vez que o comprovante de vacinação era exigido em várias cidades para acesso a locais públicos —, a invasão afetou a entrada de usuários no app, o sistema de notificação de casos de covid-19 e a compilação de dados de vacinação de outras doenças.

Segundo a PF, os invasores atacaram um ambiente em nuvem do Ministério da Saúde e apagaram arquivos, dados e instâncias. A suspeita é que os criminosos integram uma “organização criminosa transnacional dedicada à prática de crimes dessa natureza contra entidades públicas e privadas no Brasil, nos Estados Unidos, em Portugal e na Colômbia”.

Outros órgãos que foram acessados indevidamente pelo grupo são:

  • Controladoria-Geral da União (CGU);

  • Ministério da Economia;

  • Instituto Federal do Paraná (IFPR);

  • Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA);

  • Escola Nacional de Administração Pública (Enap);

  • Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT);

  • Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro;

  • Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel);

  • Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal;

  • Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O grupo seria responsável, ainda, pelo ataque à Localiza Rent a Car, à Sociedade Independente de Comunicação (rede de TV de Portugal) e a desenvolvedora de games Electronic Arts (EA). A PF investiga os crimes de organização criminosa, invasão de dispositivo informático, corrução de menores e lavagem de dinheiro.