O CEO do Atlético, Bruno Muzzi, participou ao vivo do Rádio Esporte deste sábado (1°) e destacou que a Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Atlético será diferente em diversos aspectos.
“Desde a concepção até o resultado final. É diferente porque é uma SAF que não vai para uma recuperação judicial, o Atlético honrará o compromisso com todos os seus credores. É uma SAF controlada por um grupo de atleticanos, coração de atleticanos. Nenhuma outra SAF foi feita dessa maneira. Todas as outras, até agora, tiveram investidores externos. Nossa SAF terá, em sua essência, a maioria atleticana. Tomara que seja um exemplo para os demais”, disse.
De acordo com ele, o aporte inicial de R$ 915 milhões contempla R$ 300 milhões de conversão da dívida para abater diretamente na dívida do Atlético. “Você tem R$ 600 milhões de dinheiro que vai imediatamente para o caixa do clube, para que possa fazer a gestão financeira de todo endividamento que a SAF passa a ser responsável”, explicou.
O CEO destacou que no clube vai terminar, nos próximos dias, o detalhamento de negociações pata apresentar a bancos, clubes e agentes.
“Vamos mostrar como o dinheiro será o investimento, folha do clube em relação ao faturamento. Tudo vai ser contemplado num fluxo de caixa futuro que a gente vai deixar super organizado. Ontem (sexta-feira) falei bastante no conselho que a ordem da vez agora é sustentabilidade do clube. Esse dinheiro entra, a gente organiza essa parte financeira, organiza a parte operacional: receita e despesa. Vamos detalhar em mais uma semana. Vamos chamar o Conselho para dar detalhes no uso dos recursos”, destacou.
Investidores
O planejamento da SAF foi apresentado nessa sexta-feira (30), durante reunião do Conselho Deliberativo. A transformação do clube em SAF é vista pela direção alvinegra como solução para quitar as dívidas - que giram em torno de R$ 1,8 bilhão.
A ideia é que empresários atleticanos componham um grupo para realizar a compra majoritária das ações da atual associação. Nele, estariam também os investidores atuais, que formam o colegiado. São eles: Rubens Menin, Ricardo Guimarães, Renato Salvador e Rafael Menin, chamados de 4Rs do Atlético.
Muzzi explicou também que o clube está estruturando como vai ser o veículo de investimento, quais são as regras e valores mínimos para poder fazer parte. Tem toda uma questão jurídica. O mais importante disso é, de novo, a primeira pergunta daqui hoje como é essa SAF é diferente. Até nesse aspecto é diferente. Vai ter a possibilidade de investidores comuns, obviamente tem que respeitar o mínimo estipulado, mas que possa investir no Atlético nas mesmas condições de entrada que qualquer outro investidor. Acho isso muito justo, muito democrático, que possam entrar nas mesmíssimas condições. Assista: