Luísa Sonza está causando furor nas redes sociais com seu mais novo single, “Penhasco2”. A música vem na sequência de “Penhasco”, lançada no ano passado, em clima sombrio como espécie de resposta ao término do relacionamento da cantora com o comediante Whindersson Nunes.
“Penhasco2” também surge em tons soturnos, mas o grande chamativo do lançamento é a presença da norte-americana Demi Lovato, que canta em português dois versos da música com Luísa. Essa não é a primeira vez que artistas estrangeiros se arriscam em nosso idioma. Aproveitamos para relembrar alguns deles.
Madonna
Estrela da indústria fonográfica, diva pop, Madonna passou dois anos morando em Lisboa, o que a auxiliou a arranhar o idioma português. No álbum “Madame X”, de 2019, a artista surgiu interpretando o idioma em diversas faixas, como “Crazy”, “Killers Who Are Partying” e “Extreme Occident”. Mas o grande chamariz do álbum foi o dueto com a cantora brasileira Anitta, “Faz Gostoso”, em que o português já surge no título.
Shakira
Foi no Rock In Rio de 2011 que a baiana Ivete Sangalo e a colombiana Shakira dividiram o palco pela primeira vez, cantando a clássica “País Tropical”, de Jorge Ben Jor. Um ano depois, a parceria se estendeu, com Shakira participando do álbum “Real Fantasia”, de Ivete. As duas gravaram juntas o hit “Dançando”, que também rendeu um videoclipe ambientado na Bahia e no Rio de Janeiro. O vídeo superou 380 mil visualizações na internet.
Bellini
Grupo alemão formado só por mulheres em 1997, o Bellini não esconde suas influências da música brasileira, tanto que o próprio nome é uma homenagem ao capitão da Seleção Brasileira no título da Copa do Mundo de 1958. Dançante, o grupo aposta em músicas cantadas em português e repletas de coreografias, como “Samba de Janeiro”, que alcançou o segundo lugar na parada de sucessos da Alemanha.
Björk
Admiradora confessa da música brasileira, a islandesa Björk já disse em entrevista que, ao menos uma vez ao dia, precisa ouvir sua canção predileta. Trata-se de “Travessia”, parceria de Milton Nascimento com Fernando Brant que revelou o histórico ícone do Clube da Esquina ao mundo, posteriormente gravada por Elis Regina. Claro que a própria Björk também concedeu sua versão, em português, para esse clássico.
Drake
Um lançamento do MC Kevin O Chris o juntou ao rapper canadense Drake, numa inversão de papéis, ou melhor, de línguas. Enquanto o brasileiro interpreta a maior parte dos versos de “Ela É Do Tipo”, em inglês, Drake surge cantando, com sotaque indisfarçável, os versos em português de “Vai Rebola Pro Pai”. O dueto foi lançado em 2019.
Ciara
Também num esforço de internacionalização da carreira, a brasileira Iza se uniu a Major Lazer e à cantora norte-americana Ciara para lançar o clipe de “Evapora”, em 2019. Nesse encontro triplo, Ciara, depois de cantar em inglês, se arrisca no português, ao encarar o refrão do hit. O videoclipe nas plataformas digitais supera 35 milhões de visualizações.
Beirut
Criada pelo mexicano Zach Condon, a orquestra Beirut gravou em português uma versão para um dos grandes clássicos de Caetano Veloso. “O Leãozinho”, lançada originalmente em 1977, é uma homenagem do compositor baiano ao músico Dadi, e sempre encantou plateias ao redor do mundo.
Tsubasa Imamura
A japonesa Tsubasa Imamura ganhou notoriedade justamente por postar vídeos nas plataformas digitais interpretando músicas em português. Os vídeos rapidamente viralizaram e a transformaram em fenômeno das redes sociais. “Maluco Beleza”, “Um Certo Alguém”, “Meu Erro”, dentre outras, estão entre as versões da cantora oriental.
Ella Fitzgerald
A limpidez da voz e a precisa emissão colocaram Ella Fitzgerald num patamar único dentro da história da canção, só comparável, em termos técnicos e de escala mundial, à aclamação de Frank Sinatra. A cantora norte-americana demonstrou seu apego à música brasileira em diversos momentos durante sua trajetória, como quando regravou “Madalena”, de Ivan Lins e Vítor Martins, lançada por outra estrela, Elis Regina.
Nat King Cole
Nat King Cole nasceu em Montgomery, nos Estados Unidos, no dia 17 de março de 1919, e morreu em Santa Mônica, na Califórnia, no dia 15 de fevereiro de 1965, com apenas 45 anos de idade. O cantor e pianista, um dos maiores da história do jazz, foi vítima de um câncer no pulmão. Mas a história de Nat King Cole também está ligada ao Brasil, por onde ele excursionou em 1959, a convite do então presidente Juscelino Kubistchek, chegando a gravar canções em português.