Por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva terá 170 inserções de 30 segundos nos espaços destinados à propaganda do presidente Jair Bolsonaro (PL) na televisão. O tribunal concedeu 184 direitos de resposta ao petista e 14 a Bolsonaro.
As respostas de Lula se referem a peças exibidas com acusações de “ladrão”, “corrupto” e de “envolvimento com o crime”. Sete pedidos do petista foram aprovados pelos ministros.
Já Bolsonaro obteve uma decisão favorável para responder a uma propaganda do adversário que o associava a “canibalismo”, em referência a entrevista concedida pelo então deputado Jair Bolsonaro ao New York Times, em 2016, afirmando que seria capaz de comer carne de um indígena.
Nesta quinta-feira (20), haverá veiculação normal das peças: 25 inserções de 30 segundos para cada. A partir de sexta-feira (21), Bolsonaro terá apenas 3,7 inserções diárias, caso a campanha de Lula opte por distribuir os direitos de resposta de forma idêntica na reta final de campanha. Com isso, o ex-presidente passa de 25 para 46 inserções diárias.
Considerando as entradas restantes até o fim da campanha eleitoral, em 28 de outubro, Lula terá 395 peças veiculadas, enquanto Bolsonaro ficará com 55.
Fora da propaganda eleitoral, Lula também obteve no TSE a retratação do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) por terem associado Lula, sem provas, ao assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel.
