A Justiça negou um pedido da
De acordo com um documento que a Itatiaia teve acesso, a empresa havia pedido a derrubada da decisão obtida pelo Banco do Brasil por entender que os documentos apresentados no pedido de recuperação judicial eram suficientes e, por isso, a empresa não precisaria passar por uma perícia.
“Não havendo mínimo indício de que a documentação apresentada na origem estaria irregular ou incompleta [...], inexistem quaisquer razões, fáticas ou legais, para que a constatação prévia seja mantida nos termos da r. decisão agravada”, argumenta a empresa. Os advogados afirmam ainda que a realização dessa perícia representaria mais um gasto para a agência e, consequentemente, para todos os seus credores. Por fim, a empresa ainda alega que a suspensão da recuperação judicial traz “risco de dano irreparável às agravadas (123milhas), bem como seus empregados diretos, indiretos e todos os seus credores.”
📲 Já se inscreveu no canal da Itatiaia no Whatsapp?
Clique aqui e receba as principais notícias do dia. 🤳🏼⚠️ Os grupos e comunidades da Itatiaia serão desativados em breve. Por isso, se inscreva no canal pra ficar sempre atualizado.⚠️
Na decisão, o desembargador Alexandre Victor de Carvalho negou o pedido da empresa, afirmando que “uma fria análise documental não permite a aferição da realidade da atividade”, além de alegar que é dever garantir aos credores uma “plena transparência sobre a empresa”. Por fim, o desembargador ressaltou que a constatação prévia está prevista na lei de recuperação judicial,
Recuperação judicial da 123milhas é suspensa
A Justiça de Minas Gerais suspendeu provisoriamente o pedido de recuperação judicial da
O desembargador Alexandre Victor de Carvalho, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), suspendeu provisoriamente o pedido de recuperação judicial até que a 123milhas passe por constatação prévia, processo em que o funcionamento e os documentos da empresa são avaliados. As cobranças de credores seguem suspensas, já que o período de blindagem foi mantido na decisão.
No recurso, o Banco do Brasil também pedia a destituição dos administradores judiciais, ou seja, os dois escritórios de advocacia responsáveis pelo processo de recuperação judicial da 123milhas. O pedido foi negado neste momento e, segundo o magistrado, só deve ser avaliado após o resultado da constatação prévia. O
Crise na 123milhas
A agência de viagens 123milhas surpreendeu milhares de clientes no dia 18 de agosto, após
No dia 29 de agosto, a 123milhas um pedido de recuperação judicial na 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, em Minas Gerais. No pedido, a empresa afirma que enfrenta a “pior crise financeira de sua história” e alega que “fatores internos e externos impuseram um aumento considerável de seus passivos nos últimos anos”. O pedido foi aceito pela Justiça no dia 31 de agosto.
Advogados ouvidos pela Itatiaia afirmam que a empresa não pode oferecer apenas vouchers como forma de reembolso para os clientes e explicam que os consumidores têm o direito ao ressarcimento em dinheiro.