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Suspeito de atropelar ciclista em BH responde a processo por tráfico de drogas

Jovem foi preso em flagrante em Belo Horizonte com 200 pinos de cocaína, 200 pedras de crack e uma arma de fogo, pouco depois de completar 18 anos

Vítima teve traumatismo craniano e está internada em estado grave no Hospital Madre Teresa

O jovem de 21 anos suspeito de atropelar um ciclista no último sábado (6) na MGC-356, em Belo Horizonte, possui outras passagens pela polícia por crimes variados. Ele responde a um processo por tráfico de drogas e porte ilegal de arma.

Documentos obtidos pela Itatiaia mostram que o jovem foi preso em flagrante em 2019, pouco após completar 18 anos. Com o suspeito, foram encontrados 200 pinos de cocaína, 140 pedras de crack e uma arma de fogo sem registro. Todos os materiais foram destruídos à época.

A denúncia contra o suspeito foi aceita pela Justiça em novembro de 2022 e uma audiência de instrução e julgamento foi marcada para outubro de 2023. Nesta audiência, as pessoas envolvidas tem a oportunidade de prestar depoimento. O último andamento do processo foi nesta segunda (8), registrado como “juntada de petição”. O mais provável é que as informações sobre o processo de tráfico de drogas tenham sido anexadas na investigação sobre o acidente do fim de semana.

Ciclista atropelado em BH

Thiago Barbosa Bento, de 33 anos, foi atropelado na manhã de sábado (6), enquanto pedalava na MGC-356 em Belo Horizonte, pouco depois do BH Shopping. A vítima segue internada em estado grave no Hospital Madre Teresa, com traumatismo craniano, perfuração no tórax e várias fraturas pelo corpo.

O jovem de 21 anos que estaria conduzindo o carro que atropelou o ciclista foi preso em flagrante no sábado (6), horas após o acidente, e teve a prisão convertida em preventiva nesta segunda (8).

A Itatiaia teve acesso aos depoimentos do suspeito e de testemunhas. O condutor confessou aos policiais que não possui carteira de motorista, mas negou ter bebido antes do acidente. Porém, uma jovem que estava com ele dentro do carro no momento do atropelamento afirma ter visto o jovem beber em uma festa pouco antes da ocorrência. O grupo ainda teria ido lanchar no bairro Serra e passou algumas horas na Praça do Papa antes de chegar na MGC-356, onde o acidente foi registrado.

Prints da conversa de Whatsapp entre o suspeito e o dono do carro mostram o jovem falando que estava com “ódio”, que o carro deu “prejuízo” e dizendo: “os ‘cara’ bateu no carro mas já mandei pra ‘arruma’”. Pouco depois, o dono do carro afirma ter sido procurado pelos investigadores e pede ao primo para que se apresente à polícia. O suspeito demonstra otimismo e diz: “fala que não foi você [...], vai dar certo”.

Uma motorista que estava perto do ciclista na hora do acidente disse aos policiais que viu o suspeito fazer zigue-zague com o veículo na pista para tirar o corpo da vítima de cima do parabrisas do carro. Logo após o corpo do ciclista cair no chão, o suspeito fugiu.

Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.