O delegado Rafael Horácio,
A PC nega qualquer irregularidade.
Em uma carta enviada à imprensa, o advogado afirma que Rafael precisou passar por uma cirurgia de urgência “relacionada ao período de cárcere e ausência de manutenção dos cuidados necessários”. Segundo o advogado, foram feitos diversos pedidos de prisão domiciliar, que teriam sido negados pela Justiça.
“A ilustre magistrada entendeu por bem relativizar a condição de saúde do acautelado, bem como seu direito de recuperação, submetendo o mesmo a diversas reinternações em razão de contaminação por agentes externos naquela casa de custódia encontrados”, argumentou o advogado.
Situação da cadeia
Em um ofício assinado por Rosilene Alves de Souza, diretora da
A delegada alega que a unidade não possui verbas para custear os medicamentos e o cardápio não atende aos pedidos dos médicos. Além disso, as celas não possuem a estrutura necessária para o delegado realize as atividades físicas para diminuir o risco de trombose.
“Aguardamos com fé, não somente na Justiça, mas em Deus, para que possa prontamente se recuperar, porquanto o homem deve responder pelos seus atos na medida da Justiça, não o sendo aceitável submetê-lo a sofrimento atroz e desumano, muito mais expor a risco de óbito”, declara o delegado no fim da carta.
Resposta da Polícia Civil
Em resposta à Itatiaia, a PC alegou que a casa de custódia oferece “acautelamento digno”. Confira na íntegra:
“A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que a Casa de Custódia atende às normas sanitárias, proporcionando condições para o acautelamento digno dos internos. A PCMG esclarece que a unidade prisional é inspecionada periodicamente pelo controle de zoonoses do município, bem como pelo Ministério Público, Defensoria Pública e Poder Judiciário”.
Relembre o caso
Rafael Horácio é acusado de matar o motorista de reboque Anderson Cândido de Melo com um tiro no pescoço na Avenida do Contorno, nas proximidades do Viaduto Oeste, no dia 26 de julho de 2022. A briga teria começado após o motorista “fechar” o veículo do policial.
De acordo com a versão do delegado, o ato foi de legítima defesa pois ele entendeu que o reboquista ira atropela-lo. Já o Ministério Público afirma que o crime foi homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa da vítima.
A vítima, de 40 anos, foi levada às pressas para o Hospital de Pronto Socorro João XXIII mas não resistiu aos ferimentos. Ele deixou esposa e duas filhas adolescentes.
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