Durou apenas oito dias a retomada da operação do metrô de Belo Horizonte. A partir da meia-noite desta terça-feira (28), os
Representantes do Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro) falam em “desrespeito” por parte do governo federal.
“Os metroviários suspenderam a greve na semana passada porque havia uma promessa de que, se suspendesse a greve, poderia haver uma negociação melhor. E o que foi feito? O BNDES assinou a concessão do metrô com a empresa Comporte. O pessoal ficou muito revoltado, foi uma falta de respeito muito grande do governo”, explica o assessor do sindicato, Marcos Lima.
Na prática, o BNDES não é signatário do contrato assinado na última-sexta-feira (24), entre o Governo de Minas, o governo federal e o Grupo Comporte. A instituição financeira assinou, no dia anterior, a operação de
O Grupo Comporte venceu o leilão para privatização do metrô de Belo Horizonte em 22 de dezembro do ano passado. A companhia foi a única participante do certame e apresentou um lance de R$ 25 milhões. Com isso, ela se compromete a realizar investimentos para melhoria das estações, além de conduzir as obras de expansão da linha 1 e construção da linha 2.
Em nota, o Grupo Comporte/Metrô BH informou que recebeu comunicado do Sindimetro sobre a greve, mas que “não tem ingerência” sobre a pauta reivindicada pelos metroviários. A empresa ainda diz que irá tomar “ações necessárias” para garantir o “direito de transporte sobre trilhos de 100 mil pessoas diariamente”.
Confira a nota, na íntegra
O Metrô BH informa a todos os seus usuários e sociedade em geral que recebeu, no início da tarde de hoje, comunicado do Sindimetro notificando a deflagração de uma paralisação de greve a partir desta terça-feira (28/03).
É importante ressaltar que o Metrô BH, enquanto Companhia privada, não tem ingerência sobre a pauta requerida pelos metroviários.
Baseando-se no senso de responsabilidade na prestação de um serviço público de transporte tão essencial à população de Belo Horizonte e Contagem, a concessionária Metrô BH tomará todas as ações necessárias à manutenção do direito de transporte sobre trilhos de 100 mil pessoas diariamente.