Motoristas de ônibus de Belo Horizonte fazem greve nesta segunda-feira (16) para reivindicar reajuste salarial, retorno do tíquete alimentação no período de férias e mudança de profissionais por intervalo. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belo Horizonte e Região (STTR), Paulo Cesar, relata o acúmulo de função, dirigir e cobrar passagem, como um dos principais problemas da categoria.
“A gente resolveu fazer essa paralisação, no dia de hoje, não só devido à reposição salarial, mas também devido à volta dos tíquetes nas férias devido à volta do abono, o intervalo repouso alimentação que as empresas estão praticando até 2 horas com trabalhador. A gente vê também as mazelas com o trabalhador que sofre no dia a dia, como dirigir e cobrar a passagem e muitas vezes a gente é agredido verbalmente e fisicamente.”
Reivindicações
Reajuste de 8,2% nos salários
Volta do tíquete-alimentação nas férias
Retorno do abono-salarial
Aumento no período de repouso
O presidente do Sindicato reforça que a paralisação não é só para aumento de salários, mas principalmente para que a categoria tenha melhores condições de trabalho.
“Muitos trabalhadores estão adoecendo, temos veículos sucateados com bancos mal regulados e dores lombares. Estamos reivindicando tudo isso aí e que as autoridades competentes possam olhar para o lado da categoria rodoviária que é uma categoria tão sofrida e muito mal remunerada.”
Reunião
Está marcada para começar às 10h da manhã de hoje (16) uma nova tentativa de negociação com o Ministério Público de Minas Gerais.
“Vamos ver após essa reunião que proposta vai vir. Se for uma proposta satisfatória que atenda aí aos anseios da categoria nós vamos levar a assembleia e é o trabalhador que vai provar.”
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Conforme nota do STTRBH a greve já tinha sido convocada para o dia 26 de dezembro. “Entretanto, acatando uma determinação do Tribunal de Justiça, o movimento foi suspenso para uma nova tentativa de negociação. Porém, o SETRA-BH (sindicato patronal) não avançou nas discussões e praticamente decretou o impasse, não restando outro caminho para entidade.”
Os trabalhadores entendem o impacto para os usuários, mas afirmam que a paralisação é a única alternativa.
“Entendemos o impacto da paralisação para toda população, mas o momento requer uma ação contundente e expressiva para buscar os direitos dos trabalhadores Rodoviários.”