O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou, nesta segunda-feira (4), o torcedor do Atlético, Yuri Ramon Pereira de Oliveira,
Na denúncia, a Promotora de Justiça Janaini Keilly Brandão Silveira também pede que o mandato de prisão temporária contra Yuri seja convertida em preventiva.
De acordo com a denúncia, a qual a Itatiaia teve acesso, o homicídio foi praticado por motivo torpe, que dificultou a defesa da vítima e pode ser definido como “crime de ódio”.
“O denunciado (integrante da GALOUCURA) despejava violência de forma indistinta a todos que, por desventura, cruzavam seu caminho, estando ligados de qualquer forma ao time adversário, qual seja, Cruzeiro Esporte Clube”, diz trecho da denúncia.
Briga entre torcidas
De acordo com a denúncia, integrantes da Galoucura teriam marcado um encontro em uma rua no bairro Boa Vista na manhã do dia 6 de março, antes do clássico contra o Cruzeiro, no Mineirão, quando um grupo de integrantes da Máfia Azul chegou ao local, “lançando pedras, porretes e pedaços de pau, além de artefatos explosivos artesanais, em direção aos torcedores atleticanos, que prontamente revidaram também lançando pedras, cadeiras, etc., transformando-se em uma briga generalizada”.
Vídeos que circularam nas redes sociais naquele dia mostram uma briga campal pelas ruas do bairro.
Ainda de acordo com a denúncia, em um determinado momento, Yuri sacou uma arma de fogo - que portava ilegalmente - e atirou contra Rodrigo Marlon Caetano de Andrade.
“Mesmo após tais atos, o denunciado continuou no palco dos eventos, vindo a apontar novamente a arma de fogo em direção a outros torcedores rivais, conforme imagens de fls. 513, chegando a fazer um movimento ‘engatilhando’ a arma, desistindo de efetuar novos disparos porque seus colegas de torcida entraram na linha de frente de sua mira”, diz a denúncia.
Resposta
A reportagem entrou em contato com o advogado de Yuri, Alex Luiz Damasceno Xavier, que encaminhou a nota a seguir:
“A defesa de Yuri Ramon Pereira de Oliveira informa que ainda não obteve acesso à denúncia, e salienta que vem buscando colaborar com as investigações de todas as formas possíveis, inclusive já se dispôs formalmente em apresentar o acusado à Justiça, mediante a aplicação, mesmo que cumulada, das medidas cautelares diversas da prisão. Oportunamente, este causídico se coloca à disposição para maiores esclarecimentos acerca do ocorrido.”