A história de uma
Thais foi internada após cheirar uma pimenta e ter uma parada cardiorespiratória, que diminuiu os batimentos cardíacos e, consequentemente, a oxigenação no cérebro. Segundo a médica alergista Ekaterini Simões Goudouris, diretora da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, uma pessoa que está com o pulmão inflamado acaba estando mais exposta a este tipo de reação.
“Quando a gente tem asma ou rinite, o trato respiratório da gente fica inflamado, principalmente se você estiver em crise, e fica mais suscetível a qualquer coisa que a gente respira. O cheiro de pimenta, que é mais ardido, ou um vento muito frio ou forte, pode irritar uma via aérea que já está muito inflamada”.
A médica ainda explica que ao ter uma reação alérgica grave, a pessoa fica suscetível a ter uma vasodilatação e a pressão arterial cai muito, o que significa que ela não consegue bombear sangue para todos os órgãos.
Como agir em caso de reações alergias
Caso uma pessoa tenha uma reação alérgica grave o melhor a fazer é levá-la diretamente ao hospital ou posto de saúde mais próximo para ela receber adrenalina. Nestes momentos, segundo a médica alergista Ekaterini Simões, os antialérgicos não são mais tão funcionais.
“Uma pessoa que tem uma reação alérgica muito grave, com uma reação do tipo anafilaxia, essa pessoa tem que ser medicada com adrenalina, não adianta fazer antialérgico, não adianta fazer corticóide, a primeira medicação que essa pessoa deve receber é adrenalina. Pessoas que têm um histórico de reação alérgica grave o ideal é que elas portem um dispositivo de adrenalina auto injetável, que a gente infelizmente só tem no Brasil como importação”.
Para pacientes com histórico de asma, o ideal é que eles portem um broncodilatador, conhecido popularmente como “bombinha de asma”. Para isso, é importante ter orientação médica prévia de como e quando usar o medicamento.