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Nem Al-Khelaifi, nem Fenway Group: Atlético deve ter grupo de investimento como comprador da SAF

Atlético já conversa com interessados e batida de martelo pode acontecer até novembro; clube quer manter 40% das ações

A sede do Atlético, atualmente localizada no bairro de Lourdes, será transferida para a Arena MRV

Nem o manda-chuva do Paris Saint German, da França, nem o grupo dono do Liverpool, da Inglaterra. Trabalhando para se transformar em Sociedade Anônima do Futebol (SAF) até o fim desta temporada, o Atlético já conversa com potenciais compradores e, neste momento, 16 demonstraram intenção para adquirir porcentagem considerável do atual campeão brasileiro e da Copa do Brasil, e assinaram acordo de confidencialidade. Contudo, menos da metade está, de fato, na briga.

De acordo com informações apuradas pela Itatiaia, a maioria dos interessados na compra do alvinegro são fundos de investimento. Apesar de nomes (e valores) estarem guardados sob sigilo absoluto, um deles leva vantagem e a expectativa é que, até novembro, o martelo esteja batido entre as partes.

Trabalhando para manter, no mínimo, 40% das ações, o Atlético (associação) também seguirá como dono único de seu patrimônio (clubes sociais, Cidade do Galo, Arena MRV), podendo negociar fatias num futuro.

Grupo City

Primeiro nome ventilado para assumir a SAF do Atlético, o Grupo City, dono do Manchester City-ING, bateu martelo com a diretoria do Bahia e aguarda a aprovação do conselho para assumir o Tricolor. Apesar de ter, de fato, demonstrado interesse no alvinegro, preferiu avançar ao Nordeste, onde fará investimento a longo prazo, ao contrário do que precisaria fazer em terras mineiras, já que os clubes têm realidades e ambições diferentes.

Na oferta aos baianos, o Grupo City planeja aportar R$ 1 bilhão e controlar 90% das ações da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), num contrato de 15 anos. O valor será dividido para o pagamento de dívidas, montagem do elenco, investimento em estrutura, categorias de base e outros.

Liverpool e PSG

Ainda de acordo com apuração da reportagem, Fenway Sports Group, que controla o Liverpool, e Nasser Al-Khelaifi, presidente do PSG e com ligações no governo do Catar, não estão mais na briga para a compra da SAF atleticana. Conversas iniciais, de fato, aconteceram entre as partes, mas não avançaram.

Cabe lembrar que, neste processo de captação de potenciais compradores, o Atlético conta com o trabalho de duas empresas: Ernst & Young (EY) e BTG Pactual são responsáveis pela assessoria financeira do clube e também pela busca de investidores.

O que são fundos de investimentos

Fundos de investimento são como uma espécie de “condomínio” de investidores, de modo que os recursos de diversas pessoas sejam aplicados em conjunto no mercado financeiro e de capitais. Os ganhos, por sua vez, são divididos entre os participantes, de acordo com a proporção do valor que cada um depositou.

Nesse mecanismo, a soma do dinheiro dos investidores compõe o patrimônio do fundo, gerido por uma instituição. O processo de tomada de decisões sobre o que fazer com os recursos do fundo precisa seguir regras pré-definidas. Os resultados podem ser bem-sucedidos ou não, o que determinará a valorização ou desvalorização das cotas.

Henrique André é repórter multimídia e setorista do Atlético na Itatiaia. Acumula passagens por Uol Esporte, Jornal Hoje em Dia e outros veículos. Participou da cobertura de grandes eventos, como Copas do Mundo (2014-18) e Olimpíada (2016-2021).
Repórter setorista do Atlético, na Radio Itatiaia.