A prototipagem rápida se consolidou como uma das principais ferramentas da indústria moderna. O conceito, que antes lembrava um simples esboço manual, ganhou novos contornos com o avanço da impressão 3D. Para Flávio Robson de Freitas, especialista do Senai-MG, ela representa hoje a possibilidade de testar ideias em poucas horas, com baixo custo e alta precisão.
Segundo o especialista, tarefas que antes exigiam semanas, como a fabricação de moldes para novos produtos, agora podem ser realizadas no mesmo dia. A mudança ocorre porque a manufatura aditiva permite construir modelos físicos diretamente a partir de arquivos digitais. “Imprimir, testar, ajustar e imprimir novamente” se tornou uma rotina comum, reduzindo erros antes que eles cheguem ao processo produtivo.
Tecnologias que transformam a produção sob demanda
Na base desse movimento está a manufatura aditiva, em diferentes tecnologias. Freitas cita três grupos mais utilizados:
FDM, que derrete e deposita plástico camada por camada; SLS e DMLS, que utilizam pó de plástico ou metal solidificado por laser;SLA e DLP, baseadas em resina líquida endurecida por luz.
Essas tecnologias permitem não apenas criar protótipos, mas também produzir peças sob demanda, sem a necessidade de estoque físico. O armazenamento passa a ser digital, a partir dos arquivos dos componentes, impressos conforme a necessidade do cliente.
Redução de erros e eliminação de moldes
A prototipagem rápida reduz riscos em diferentes etapas do desenvolvimento de produtos. Flávio explica que erros comuns de design, como encaixes inadequados ou falhas ergonômicas, podem ser identificados antes do investimento em ferramentas tradicionais. Um exemplo simples: imprimir uma garrafa para testar a tampa ou a pegada, sem recorrer a um molde de aço.
Além disso, a manufatura aditiva elimina uma das etapas mais caras da produção industrial: a fabricação de moldes. A própria impressora cria a peça final, seja em lote único ou em pequenas séries. Isso permite produzir quantidades variáveis — de 1 a 1000 unidades — sem investimento inicial elevado.
Competitividade para pequenas e médias empresas
Para Freitas, o impacto mais relevante está no acesso das pequenas e médias empresas a um nível de competitividade antes restrito a grandes fabricantes. O modelo viabiliza produções menores, personalização de itens e redução de estoques físicos. “A impressão 3D diminui riscos, reduz custos e acelera a inovação contínua”, afirma o especialista.
Segundo ele, a tecnologia democratiza o desenvolvimento de novos produtos, permitindo que negócios menores lancem protótipos e ajustem projetos com frequência, acompanhando as demandas do mercado.
Acesse os laboratórios do Senai para prototipagem em 3D metálica. Fale com a gente agora mesmo: