Atualmente, a maior parte da energia consumida no país vem das hidrelétricas.
Minas Gerais abriga importantes usinas, como a de Furnas, na região de Capitólio, no Centro-Oeste mineiro, que tem papel estratégico na geração de energia do país. Outras hidrelétricas reforçam a capacidade de produção do estado, como Três Marias, no Noroeste, e Irapé, no Vale do Jequitinhonha. Ao todo, a Cemig opera 32 usinas hidrelétricas.
A secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo, destaca que Minas Gerais se consolida como referência na produção de energia limpa, impulsionada principalmente pelas hidrelétricas.
“Minas Gerais tem um posicionamento estratégico em relação à geração de energia limpa no Brasil. O país já possui uma matriz bastante limpa, mas o estado apresenta percentuais ainda maiores. Cerca de 48% da nossa geração vem da energia hidráulica, produzida pelas hidrelétricas”, detalha Melo.
Secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), Marília Melo
O presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho, ressalta que o Brasil tem um diferencial no aproveitamento da água para geração de energia.
“O Brasil detém 12% das reservas de água doce do mundo. Saber explorar esse recurso é um grande diferencial. Quando falamos em energia limpa, grande parte dela vem das hidrelétricas. Atualmente, cerca de 60% da matriz energética brasileira é composta por hidroeletricidade. A energia solar e a energia eólica estão crescendo, e ainda há necessidade de térmicas, que não são limpas, mas a grande força vem da energia hídrica. Temos muito orgulho de dizer que a Cemig é uma das grandes representantes nesse campo, com engenharia altamente especializada em hidroeletricidade”, afirma.
Presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, defende a continuidade dos investimentos no setor.
“O Brasil é uma potência em geração de energia renovável. Apoiamos fortemente todas as fontes, mas a principal é a hidrelétrica. Precisamos retomar os investimentos nessas usinas, que têm o menor custo de geração entre as fontes e estão disponíveis 24 horas por dia. Podem ser acionadas rapidamente, desde que haja água no reservatório”, afirma.
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe
A Hidrelétrica de Irapé, da Cemig, localizada entre os municípios de Grão Mogol e Berilo, no Vale do Jequitinhonha, utiliza as águas do Rio Jequitinhonha para gerar 399 megawatts de energia, o suficiente para abastecer uma cidade de um milhão de habitantes. O líder regional de geração da Cemig, Marcílio Sebastião Marques, explica o funcionamento da usina.
“A hidrelétrica transforma um tipo de energia em energia elétrica. Há um reservatório onde a água é acumulada; ela desce por uma tubulação até a usina, movimenta a turbina e gera energia na casa de força. Irapé possui a maior barragem em altura do Brasil, com 209 metros”, explica.
Líder Regional de Geração da Cemig, Marcílio Sebastião Marques
A usina é considerada a maior obra já realizada no Vale do Jequitinhonha, com um reservatório de aproximadamente 137 quilômetros quadrados. Por operar de forma remota, conta com uma equipe reduzida de cerca de 30 funcionários.
O controle é feito a partir de uma central em Belo Horizonte, com monitoramento também no local. Sensores garantem vigilância e segurança da barragem 24 horas por dia.
Na casa de força, o processo de geração acontece quando a água dos reservatórios desce pelas tubulações, movimenta as pás das turbinas e aciona os geradores, convertendo a energia hidráulica em energia elétrica.

