Ouvindo...

Dólar recua e fecha em R$ 5,45 após divulgação de dados do mercado de trabalho dos EUA

O real pegou carona na onda global de baixa da moeda americana, após dados mais fracos do mercado de trabalho nos EUA

Dólar

Após três pregões de alta, em que acumulou valorização de 1,27%, o dólar recuou na sessão desta quarta-feira (3), mas ainda se manteve acima da linha de R$ 5,45 no fechamento. O real pegou carona na onda global de baixa da moeda americana, após dados mais fracos do mercado de trabalho nos EUA e declarações de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

As taxas dos Treasuries, que na terça avançaram com o estresse no mercado de dívidas que atingiu principalmente Reino Unido e França, recuaram hoje, abrindo espaço para a recuperação da maioria das divisas emergentes.

Temores de retaliação dos EUA em caso de condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado seguem no radar e podem ter impedido um movimento mais forte de apreciação do real. A defesa do ex-presidente disse hoje que o Supremo Tribunal Federal (STF) não pode fazer julgamento político e defendeu a inocência de Bolsonaro.

Com mínima de R$ 5,4345 pela manhã, o dólar à vista encerrou o pregão em alta de 0,40%, cotado a R$ 5,4529. Depois de cair 3 19% em agosto, a moeda sobe 0,57% nas três primeiras sessões de setembro. No ano, recua 11,77%.

Leia também

À tarde, o Banco Central informou que o fluxo cambial foi negativo em US$ 230 milhões na semana passada. Com isso, o saldo em agosto ficou negativo em US$ 2,063 bilhões, resultado da saída líquida de US$ 3,823 bilhões pelo canal financeiro. No ano o fluxo cambial total está negativo em US$ 16,904 bilhões.

No exterior, o Dollar Index - que mede o comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes - recuava cerca de 0,20% no fim da tarde, na casa dos 98,200 pontos, após mínima aos 98,014 pontos. As taxas dos Treasuries de dez e 30 anos caíram mais de 1%.

O relatório Jolts mostrou abertura de 7,181 milhões de postos de trabalho nos EUA em julho, abaixo das projeções dos analistas, de 7,357 milhões. O resultado aumenta as expectativas para o relatório de emprego (payroll) de agosto, que sai na sexta-feira 5.

Pela manhã, o diretor do Fed Christopher Waller defendeu corte de juros neste mês e disse ver espaço para múltiplas reduções nos próximos meses. Waller votou pela redução da taxa de 25 pontos-base em julho, quando as taxas foram mantidas.

À tarde, presidentes regionais do BC americano, como Raphael Bostic (Atlanta) e Neel Kashkari (Minneapolis), adotaram tom mais cauteloso, alertando para o repique inflacionário das tarifas, mas não tiraram da mesa a ideia de afrouxamento monetário.

Com informações de Estadão Conteúdo

A Rádio de Minas. Tudo sobre o futebol mineiro, política, economia e informações de todo o Estado. A Itatiaia dá notícia de tudo.