O crescimento de vagas em setores estratégicos impulsionou o mercado de trabalho brasileiro no segundo trimestre de 2025. Entre maio e julho, a indústria abriu quase 600 mil postos, enquanto o setor de transportes cresceu 6,5%, com mais 360 mil trabalhadores. Comércio, serviços administrativos e a área pública, que inclui saúde e educação, também ampliaram as contratações em relação ao mesmo período de 2024.
Na comparação com o trimestre anterior, o aumento de vagas ocorreu na agropecuária, em atividades de informação, comunicação, finanças e serviços administrativos e no setor público, com destaque para a saúde e educação, que registraram crescimento de 2,8%, o equivalente a mais de meio milhão de trabalhadores.
Com esse desempenho,
A população ocupada atingiu 102,4 milhões, outro recorde histórico, crescendo 1,2% no trimestre e 2,4% no ano.
O levantamento da PNAD Contínua mostra ainda que a força de trabalho - que inclui pessoas ocupadas e desocupadas - alcançou 108,6 milhões de pessoas, mantendo estabilidade em relação ao trimestre anterior e crescendo 1,1% frente ao mesmo período de 2024, ou seja, mais 1,2 milhão de brasileiros ativos no mercado.
O detalhamento por grupamentos de atividade revela que, em relação ao trimestre anterior, três setores tiveram aumento no número de ocupados:
- Agropecuária: alta de 2,7%, ou mais 206 mil pessoas;
- Informação, comunicação, finanças e serviços administrativos: +2%, ou 260 mil trabalhadores;
- Administração pública, saúde e educação: +2,8%, equivalente a 522 mil pessoas.
Na comparação anual, cinco setores se destacaram:
- Indústria geral: +4,6%, quase 580 mil novos postos;
- Comércio e reparação de veículos: +2,1%, ou 398 mil trabalhadores;
- Transporte, armazenagem e correio: +6,5%, ou 360 mil vagas;
- Serviços administrativos, finanças e comunicação: +3,8%, ou 480 mil pessoas;
- Administração pública, saúde e educação: +3,7%, ou 677 mil trabalhadores.
A PNAD Contínua reforça que a melhora do mercado de trabalho vem acompanhada de estabilidade na taxa de informalidade, que permanece em 37,8% da população ocupada, e no rendimento médio habitual, que registra recorde histórico de R$ 3.484.