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Fiemg diz que ‘negociação é o melhor caminho’ para resolver taxação de Trump sobre aço e alumínio

As medidas do governo estadunidense entraram em vigor nesta quarta-feira (12) e afetam todos os países, incluindo o Brasil

O “tarifaço” foi uma ameaça de Trump desde que retornou à Casa Branca.

Os Estados Unidos implementaram nesta quarta-feira (22) tarifas de 25% em importações de aço e alumínio. A decisão do presidente Donald Trump foi ratificada na última semana durante discurso no Congresso e afeta a produção brasileira.

No entanto, segundo a avaliação da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), o cenário poderia colocar os países “em condições de concorrência mais equilibradas”.

De acordo com o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, o Brasil pode chegar a conseguir vantagem competitiva, mas a “negociação é o melhor caminho”. “Se houver um acordo, a tendência é de que a exportação de aço brasileiro aumente para os Estados Unidos, com um cenário positivo”, disse.

Ele, no entanto, afirmou que “se o bom senso não prevalecer, haverá consequências” para parte da indústria nacional, especialmente a mineira.

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Recorde de exportações

Em janeiro deste ano, quando as ameaças de Trump começaram, a Fiemg afirma que as exportações de aço brasileiro para os EUA bateu o recorde dos últimos quatro anos com 531 mil toneladas.

Em 2024, o Brasil vendeu aos Estados Unidos quatro milhões de toneladas, o maior volume desde 2017.

Minas Gerais é um dos estados que mais contribuem para os números. No último ano, o estado foi responsável por 30% de toda a produção nacional.

Câmara Americana de Comércio quer ‘diálogo’

A Câmara Americana de Comércio, Amcham, em comunicado público também comentou a decisão do governo estadunidense. Em nota, a instituição disse que espera que o Brasil e os EUA “intensifiquem de imediato os esforços para alcançar uma solução” que preserve o comércio bilateral.

Em evento na terça-feira (12), um dos empresários do grupo Gerdau, André Johannpeter, cobrou medidas do governo brasileiro para “proteção do aço nacional”.

Como resposta à taxação, o presidente Lula (PT), em entrevista à Rádio Clube do Pará, chegou a dizer que o país deverá “reagir comercialmente”, “denunciar na Organização Mundial do Comércio (OMC)” ou “taxar produtos” que o Brasil importa dos EUA.

Jornalista pela UFMG com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia desde 2022, atuou na produção de programas, na reportagem na Central de Trânsito e, atualmente, faz parte da editoria de Política.