Palácio das Artes e Favelinha Dance cruzam erudito e urbano em espetáculo antirracista

‘Sobre Tons na Dança’ usou mistura de gêneros musicais e coreografias para ‘traduzir a música clássica dentro do funk’

Espetáculo traduz a pauta antirracista por meio da música e da dança

A Cia de Dança Palácio das Artes e o grupo Favelinha Dance apresentaram o “Sobre Tons na Dança” nessa quinta-feira (27). O espetáculo traduz a pauta antirracista por meio da música e da dança em uma mistura de gêneros musicais e coreografias.

A peça contempla do jazz ao funk e prova que o erudito também é urbano. O “Sobre Tons na Dança” contemplou a capoeira, balé clássico, jazz, disco dance, street dance e até passinho de BH.

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Um dos diretores artísticos, Maxmiler Junio, que também é bailarino da Cia de Dança Palácio das Artes, destaca que o espetáculo nasceu da “química” das duas companhias. “O que ajudou muito é a experiência de cada companhia. O diálogo que cada uma delas têm dentro da temática, a experiência da contemporaneidade, a experiência do funk e a somatória com o jazz”, disse o artista.

Léo Garcia, diretor do Favelinha Dance, detalha que o jazz foi escolhido para “amarrar” a trama do espetáculo e traduzir por meio da trilha sonora “o ‘entre’ essa coisa do erudito e essa coisa do urbano”. Para “traduzir a música clássica dentro do funk”, ele e o corpo de corpo de baile usaram o jazz como ponte.

“A gente tem sempre pensado no que a gente pode fazer dentro da integração de movimentos que possam trazer transformações e reflexões importantes, que possam contribuir para o pensamento e arte da cidade. Principalmente validando nossos conceitos intelectuais enquanto ‘crias’ de comunidade, a gente segue ressignificando e muito atento enquanto a história acontece”, destaca Léo.

Veja o vídeo:

Paula Arantes é estudante de jornalismo e estagiária do jornalismo digital da Itatiaia.

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