Neste sábado, 4 de outubro, a 2ª edição do Festival Maurício Tizumba e o Tambor Itinerante chega ao Centro Cultural Pampulha. A apresentação gratuita conta com participação especial do multi-instrumentista Acauã Ranne e da Guarda de Congo Nossa Senhora do Rosário, celebrando tradição e ancestralidade.
O projeto, idealizado por Maurício Tizumba e patrocinado pelo Instituto Unimed-BH via Lei Municipal de Incentivo à Cultura, tem como proposta aproximar o público das tradições do congado e do universo percussivo mineiro.
“O tambor é memória viva. Ele ecoa a força dos ancestrais e impulsiona o caminho das novas gerações. É espiritualidade, cultura e resistência em cada batida”, afirma Tizumba.
Para o idealizador, o festival não se limita ao palco ou à música.
“É um espaço de encontro e partilha, onde tradições dialogam com a contemporaneidade, fortalecendo a identidade afro-brasileira e garantindo que nossa arte permaneça acessível e transformadora”, destaca.
Acauã Ranne, convidado da 2ª edição do festival é cantor, compositor e multi-instrumentista traz para o palco a força de sua trajetória marcada pela pluralidade. Com passagens por projetos como banda Preto Massa e o projeto Bala da Palavra, o artista dialoga com tradições de matriz africana em diálogo com o blues, o jazz e o pop.
Para a produtora-executiva Ana Paula Siqueira, o caráter itinerante é um dos pontos mais valiosos do projeto:
“O festival ganha potência ao chegar em diferentes regionais da cidade. Essa circulação descentraliza o acesso, fortalece as guardas e abre espaço para artistas convidados que, como Acauã, dialogam com a tradição e a renovam. É um movimento de troca, celebração e pertencimento.”
Sobre Maurício Tizumba
Criador e protagonista do festival, Maurício Tizumba iniciou sua carreira artística na década de 1960 e é um dos nomes mais relevantes da cultura afro-brasileira. Ator, cantor, compositor, multi-instrumentista, escritor, diretor musical e capitão de reinado, Tizumba construiu uma trajetória pautada pela valorização do congado mineiro, manifestação religiosa e cultural negra que resiste há mais de três séculos. Seu trabalho une tradição, performance e pedagogia, e sua atuação com grupos de tambor reflete o compromisso com a democratização do acesso à cultura e o fortalecimento das expressões populares. Tizumba também se destaca por promover a arte nos territórios e por formar novas gerações de artistas em diálogo com o povo e com a rua.
Serviço - 2ª edição do Festival Maurício Tizumba e o Tambor Itinerante nas Regionais
- Convidados: Acauã Ranne e Guarda de Congo Nossa Senhora do Rosário
- Quando: 4 de outubro, sábado - 17h30
- Onde: Centro Cultural da Pampulha – Rua Expedicionário Paulo de Souza, 185, Urca, Belo Horizonte
- Entrada: gratuita