O longa-metragem documental “Alegria Brasil, estrelando Maria Alcina”, dirigido pela cineasta mineira Elizabete Martins Campos, inicia sua fase de pós-produção e montagem, com um vasto arquivo de 50 horas de filmagens inéditas e uma trilha sonora de 35 canções.
O filme, que une duas artistas mineiras de diferentes gerações, tem como proposta celebrar a identidade brasileira e o alto astral, e agora, busca parceiros para a fase final e distribuição, visando o lançamento no segundo semestre de 2026.
A Diretora e a Estrela
Maria Alcina, a estrela do longa, é uma cantora com mais de 50 anos de carreira, reconhecida por sua irreverência e voz grave. A diretora Elizabete Martins Campos é conhecida por seus trabalhos sobre ícones femininos da música nacional, como o premiado “My Name is Now, Elza Soares” (2014) e o curta “Na Parede da Memória, Elis Regina” (2023). “Alegria Brasil” é o segundo longa de uma trilogia da cineasta.
Trilha sonora e experimentação cinematográfica
A trilha sonora, com Maria Alcina interpretando todas as músicas, é um dos destaques, contando com arranjos inéditos para 12 canções, criados pelo músico Yuri Queiroga, com produção musical de Thiago Marques Luiz e direção musical de Elizabete Martins. O repertório é amplo, abrangendo clássicos de nomes como Ary Barroso, Luiz Gonzaga, Sérgio Sampaio, João Bosco, Chico Buarque, Caetano Veloso e Neguinho da Beija-Flor, além de contemplar novos compositores da Zona da Mata Mineira, vencedores de um concurso autoral promovido pelo projeto.
O filme também investe na metalinguagem e diálogo entre artes. Uma cena musical, com a canção “De Normal Bastam os Outros”, de Arnaldo Antunes, terá uma animação desenvolvida em diversas linguagens (3D, 2D, cut out, rotoscopia, colagem, stop motion, flipbook, etc.), sob coordenação do cineasta e professor Sávio Leite, em parceria com alunos e ex-alunos do curso de “Tecnologia em Cinema e Animação” da UEMG de Cataguases.
Produção em Minas Gerais
O projeto, que iniciou as pesquisas em 2019, teve seu principal período de filmagens em agosto de 2025, durante 21 dias em Cataguases (MG). Também foram captadas imagens em um show da cantora no Carnaval de São Paulo em 2025, da vitória da Escola de Samba Rosa de Ouro, pela qual Maria Alcina desfilou em 1981, e na Parada do Orgulho de São Paulo em 2023.
A produção gerou um significativo engajamento comunitário, com a participação de 350 figurantes em Cataguases, incluindo grupos como Folia de Reis, Bate Pau Mineiro, Capoeira, Escola de Samba Taquara Preta e Bloco Rebenta, que não apenas enriqueceram a narrativa, mas tiveram sua cultura valorizada e registrada.
O filme é realizado pela It Filmes em parceria com o Polo Audiovisual da Zona da Mata, Instituto Energisa, ANIMAPARQUE, Fábrica do Futuro, e conta com patrocínio master do GRUPO ENERGISA, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura de MG, e investimento do FSA/BRDE/ANCINE. A distribuição será da Circulabit - Tudo Mov.